Notícia
Economia escapou a contração no último trimestre de 2022, diz ISEG
A confirmarem-se as estimativas do ISEG, a economia portuguesa terá escapado à contração económica no último trimestre do ano passado, suportada pela construção e turismo. Economistas apontam para crescimento de 1,6% em 2023.
A economia portuguesa cresceu entre 0,1% e 0,3% no quarto trimestre de 2022 face aos três meses anteriores, chegando assim a um crescimento anual de 6,7%, estima o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Segundo a síntese económica de conjuntura divulgada nesta terça-feira, 24 de janeiro, os economistas daquela faculdade de economia da Universidade de Lisboa estimam que no quarto trimestre de 2022 o PIB tenha crescido entre 0,1% e 0,3% em cadeia.
A confirmar-se a estimativa do Grupo de Análise Económica do ISEG, a economia portuguesa deverá ter escapado a uma contração nos últimos três meses do ano, mas em desaceleração face ao terceiro trimestre. Recorde-se que entre julho e setembro o PIB cresceu 0,4% em cadeia e 4,9% face ao terceiro trimestre de 2021.
Em termos homólogos, a análise liderada por António Ascensão Costa aponta para um crescimento entre 2,9% e 3,2%, em desaceleração face ao trimestre anterior. Contas feitas, em termos anuais, prevê-se um crescimento de 6,7%.
A estimativa do ISEG fica acima da meta para o ano passado revista no Orçamento do Estado (OE) de 2022, mas ligeiramente abaixo da última estimativa do ministro das Finanças, que apontou para uma subida do PIB de 6,8% no conjunto do ano passado.
Investimento puxa pelo PIB
Segundo o ISEG, e perante os dados disponíveis, o investimento e o turismo externo podem ter sido determinantes para aguentar o crescimento do PIB no último trimestre.
"O investimento pode ter crescido em relação ao trimestre anterior, devido sobretudo à construção, e o contributo da procura turística externa também pode ter crescido mais no quarto trimestre do que no trimestre precedente", descreve o Grupo de Análise Económica.
Ao mesmo tempo, o consumo privado, mesmo com um impacto negativo da inflação, pode ter tido "um desempenho melhor do que o inicialmente esperado" - o que é indiciado pelas aquisições de automóveis e pelo crescimento dos movimentos SIBS em dezembro, descrevem os economistas da faculdade.
ISEG é o mais otimista para 2023: economia pode crescer 1,6%
Para 2023, o ISEG mostra-se mais otimista. Embora o intervalo de previsão ainda seja alargado (entre 1% e 2,2%) dada a incerteza que advém da guerra da Ucrânia e face ao controlo da inflação, o ponto central é que a economia portuguesa cresça 1,6% este ano.
"Esta previsão beneficia dos atuais sinais um pouco menos negativos do que o inicialmente considerado em relação à conjuntura económica europeia, nomeadamente quanto à possibilidade de a Área Euro evitar a recessão", lê-se na nota de conjuntura divulgada nesta terça-feira.
A estimativa dos professores do ISEG é superior à do Governo (que aponta para um crescimento de 1,3% este ano) e é a mais otimista entre as principais instituições económicas, ultrapassando mesmo a previsão do Banco de Portugal, que aponta para um crescimento e 1,5% este ano.
Segundo a síntese económica de conjuntura divulgada nesta terça-feira, 24 de janeiro, os economistas daquela faculdade de economia da Universidade de Lisboa estimam que no quarto trimestre de 2022 o PIB tenha crescido entre 0,1% e 0,3% em cadeia.
Em termos homólogos, a análise liderada por António Ascensão Costa aponta para um crescimento entre 2,9% e 3,2%, em desaceleração face ao trimestre anterior. Contas feitas, em termos anuais, prevê-se um crescimento de 6,7%.
A estimativa do ISEG fica acima da meta para o ano passado revista no Orçamento do Estado (OE) de 2022, mas ligeiramente abaixo da última estimativa do ministro das Finanças, que apontou para uma subida do PIB de 6,8% no conjunto do ano passado.
Investimento puxa pelo PIB
Segundo o ISEG, e perante os dados disponíveis, o investimento e o turismo externo podem ter sido determinantes para aguentar o crescimento do PIB no último trimestre.
"O investimento pode ter crescido em relação ao trimestre anterior, devido sobretudo à construção, e o contributo da procura turística externa também pode ter crescido mais no quarto trimestre do que no trimestre precedente", descreve o Grupo de Análise Económica.
Ao mesmo tempo, o consumo privado, mesmo com um impacto negativo da inflação, pode ter tido "um desempenho melhor do que o inicialmente esperado" - o que é indiciado pelas aquisições de automóveis e pelo crescimento dos movimentos SIBS em dezembro, descrevem os economistas da faculdade.
ISEG é o mais otimista para 2023: economia pode crescer 1,6%
Para 2023, o ISEG mostra-se mais otimista. Embora o intervalo de previsão ainda seja alargado (entre 1% e 2,2%) dada a incerteza que advém da guerra da Ucrânia e face ao controlo da inflação, o ponto central é que a economia portuguesa cresça 1,6% este ano.
"Esta previsão beneficia dos atuais sinais um pouco menos negativos do que o inicialmente considerado em relação à conjuntura económica europeia, nomeadamente quanto à possibilidade de a Área Euro evitar a recessão", lê-se na nota de conjuntura divulgada nesta terça-feira.
A estimativa dos professores do ISEG é superior à do Governo (que aponta para um crescimento de 1,3% este ano) e é a mais otimista entre as principais instituições económicas, ultrapassando mesmo a previsão do Banco de Portugal, que aponta para um crescimento e 1,5% este ano.