Notícia
Economia escapa a contração no último trimestre e cresce 6,7% em 2022
Tal como esperado, a economia portuguesa evitou a contração no último trimestre de 2022. Mas travou a fundo e ficou muito perto da estagnação. No conjunto do ano, PIB aumentou 6,7%. Crescimento pós pandemia é o mais elevado desde 1987.
A economia portuguesa evitou a contração no final do ano, ao crescer 0,2% em cadeia no último trimestre de 2022, e avançou 6,7% no conjunto do ano passado, divulgou nesta terça-feira, 31 de janeiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo a estimativa rápida das contas nacionais, divulgada nesta terça-feira pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,1% em termos homólogos e 0,2% em cadeia no quarto trimestre. Assim, a economia evitou uma contração no final do ano. Mas travou face ao crescimento já muito ligeiro do trimestre anterior (recorde-se que o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre face ao segundo), acabando por ficar também muito perto da estagnação.
Era essa a expectativa da maioria dos economistas ouvidos pelo Negócios, que apontavam para um abrandamento da economia no final de 2022, mas ainda assim, acima da linha vermelha.
Em comparação com o último trimestre de 2021, tanto a procura interna como a procura externa líquida diminuíram no final de 2022. O consumo privado abrandou e o investimento chegou mesmo a diminuir. As exportações de bens e serviços desaceleraram - de forma mais intensa do que as importações, descreve o INE.
Por outro lado, e comparando com o trimestre anterior, ou seja, com o terceiro trimestre de 2022, o contributo da procura interna para o PIB manteve-se positivo mas diminuiu, enquanto o da procura externa líquida manteve-se "ligeiramente negativo". Ou seja, as famílias e as empresas - mesmo com os apoios públicos - começaram a sentir o peso da subida de preços e não consumiram e investiram tanto como no trimestre anterior.
Crescimento é o mais alto dos últimos 35 anos
Já no conjunto do ano 2022, a economia aumentou 6,7%, ficando acima da previsão que o Governo tinha atualizado no Orçamento do Estado para 2023, mas ligeiramente abaixo do último número que tinha sido avançado pelo executivo, que apontava para 6,8%.
O INE destaca que o crescimento de 6,7% no conjunto do ano é o "mais elevado desde 1987", após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à recessão histórica de 8,3% em 2020, dados os efeitos na economia da pandemia de covid-19.
No conjunto do ano, a procura interna teve um contributo positivo expressivo, mas inferior ao observado no ano anterior. Embora o consumo privado tenha acelerado, o INE destaca que houve um abrandamento no investimento.
Já a procura externa líquida regressou ao contributo positivo para o PIB em 2022, com as exportações de bens e serviços a acelerarem e as importações a abrandarem também.
Esta foi a primeira estimativa do INE sobre o andamento do PIB no último trimestre de 2022 e no conjunto do ano passado. Em fevereiro a autoridade estatística divulgará mais detalhe sobre a economia portuguesa.
(Notícia atualizada com mais informação às 10:03)
Segundo a estimativa rápida das contas nacionais, divulgada nesta terça-feira pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,1% em termos homólogos e 0,2% em cadeia no quarto trimestre. Assim, a economia evitou uma contração no final do ano. Mas travou face ao crescimento já muito ligeiro do trimestre anterior (recorde-se que o PIB cresceu 0,4% no terceiro trimestre face ao segundo), acabando por ficar também muito perto da estagnação.
Em comparação com o último trimestre de 2021, tanto a procura interna como a procura externa líquida diminuíram no final de 2022. O consumo privado abrandou e o investimento chegou mesmo a diminuir. As exportações de bens e serviços desaceleraram - de forma mais intensa do que as importações, descreve o INE.
Por outro lado, e comparando com o trimestre anterior, ou seja, com o terceiro trimestre de 2022, o contributo da procura interna para o PIB manteve-se positivo mas diminuiu, enquanto o da procura externa líquida manteve-se "ligeiramente negativo". Ou seja, as famílias e as empresas - mesmo com os apoios públicos - começaram a sentir o peso da subida de preços e não consumiram e investiram tanto como no trimestre anterior.
Crescimento é o mais alto dos últimos 35 anos
Já no conjunto do ano 2022, a economia aumentou 6,7%, ficando acima da previsão que o Governo tinha atualizado no Orçamento do Estado para 2023, mas ligeiramente abaixo do último número que tinha sido avançado pelo executivo, que apontava para 6,8%.
O INE destaca que o crescimento de 6,7% no conjunto do ano é o "mais elevado desde 1987", após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à recessão histórica de 8,3% em 2020, dados os efeitos na economia da pandemia de covid-19.
No conjunto do ano, a procura interna teve um contributo positivo expressivo, mas inferior ao observado no ano anterior. Embora o consumo privado tenha acelerado, o INE destaca que houve um abrandamento no investimento.
Já a procura externa líquida regressou ao contributo positivo para o PIB em 2022, com as exportações de bens e serviços a acelerarem e as importações a abrandarem também.
Esta foi a primeira estimativa do INE sobre o andamento do PIB no último trimestre de 2022 e no conjunto do ano passado. Em fevereiro a autoridade estatística divulgará mais detalhe sobre a economia portuguesa.
(Notícia atualizada com mais informação às 10:03)