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INE revê crescimento da economia do quarto trimestre para 0,3%

Afinal, a economia cresceu mais no último trimestre do ano e menos no terceiro. Revisões não tiveram impacto no crescimento do conjunto do ano, que foi de 6,7%.

O crédito ao consumo – por vezes mais do que um – e o hipotecário têm um peso muito grande nas finanças das famílias em dificuldade.
Rafael Marchante/Reuters
28 de Fevereiro de 2023 às 11:15
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A economia portuguesa travou menos no final do ano passado do que o estimado inicialmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), ao crescer 0,3% no quarto trimestre face aos três meses anteriores e 3,2% em termos homólogos. No entanto, a revisão não teve impacto no crescimento do conjunto do ano.

De acordo com a segunda estimativa das contas nacionais, divulgada nesta terça-feira, 28 de fevereiro, pelo INE, no quarto trimestre a economia portuguesa cresceu 0,3% em cadeia e 3,2% em termos homólogos. Esta nova estimativa implica uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais, tanto face ao terceiro trimestre, como face ao mesmo período do ano passado.

O INE reviu também a estimativa de crescimento no primeiro e terceiro trimestres de 2022, afirmando agora que a economia subiu afinal 2,3% e 0,3% respetivamente (menos 0,1 pontos do que o antecipado anteriormente). Ou seja, o PIB manteve o ritmo de crescimento, perto da estagnação, no final do ano.

O gabinete de estatística explica que houve uma revisão da versão preliminar das Contas Nacional Anuais para 2022, e que, devido a incorporação de nova informação de base, os dados de 2021 foram alterados, observando-se revisões em alta do saldo externo de serviços, que implicaram uma subida do PIB em termos nominais desse ano (sem efeitos na variação no PIB real). 

No entanto, estas revisões não tiveram impacto no crescimento económico do conjunto do ano, que foi de 6,7%.



Procura interna perde fôlego no final do ano

Segundo o INE, o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB no quarto trimestre (0,2 pontos percentuais) foi inferior ao registado no trimestre precedente (0,7 pontos percentuais), enquanto o contributo da procura externa passou a positivo (0,1 pontos percentuais), após ter sido negativo no terceiro trimestre (-0,4 pontos percentuais).

Mas a leitura de que a procura interna (consumo das famílias, do Estado e das empresas) perdeu fôlego é visível tanto na comparação homóloga, como anual.

O INE explica que o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu nos últimos três meses de 2022, passando de 3,2 pontos percentuais no terceiro trimestre, para 1,9 pontos percentuais, com um "crescimento menos acentuado do consumo privado e uma diminuição do investimento".

O contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB também diminuiu, para 1,3 pontos percentuais (1,6 pontos percentuais no trimestre anterior), traduzindo a desaceleração "mais intensa" das exportações do que a das importações. 

Em termos anuais, a procura interna apresentou "um contributo positivo expressivo" para a variação do PIB, embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma desaceleração do investimento, descreve o INE. Já o contributo da procura externa líquida passou a positivo em 2022, tendo-se registado uma aceleração das exportações "mais intensa" que a das importações.

(Notícia em atualização)
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