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Medina: Crescimento do PIB de 6,7% dá "mais confiança" para 2023

O ministro das Finanças disse esta terça-feira que o crescimento de 6,7% em 2022, o maior em 35 anos, dá confiança sobre o andamento da economia este ano, admitindo que os resultados sejam melhores do que os projetados.

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31 de Janeiro de 2023 às 15:33
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Fernando Medina afirmou, em declarações à Lusa, que os dados de crescimento dão "mais confiança relativamente ao andamento do ano de 2023".

O Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 6,7% em 2022, acima dos 6,5% previstos no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). No quarto trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,1% em termos homólogos (desacelerando face aos 4,9% do terceiro trimestre) e 0,2% em cadeia (0,4% no trimestre anterior).

"O fecho do ano de 2022 sem recessão, sem queda da economia, significa que teremos mais capacidade para podermos cumprir os objetivos relativamente ao ano de 2023", disse o ministro, salientando que os dados revelam uma "dinâmica da economia portuguesa forte neste último trimestre".

Destacando que em 2022 se registou "o maior crescimento económico em 35 anos", Fernando Medina recordou que Portugal é uma das seis economias das 12 da zona euro que já divulgaram resultados que registou um crescimento positivo.

"Significa isto que, na comparação internacional, nós fecharemos o ano de 2022 com uma taxa de crescimento que será sensivelmente o dobro do que se regista na zona euro, colocará Portugal como um país que no final de 2022 já recuperou bem dos níveis pré-pandemia. Por isso, estamos 2,6% acima dos níveis da pandemia de 2019, o que não acontece com outros países", salientou.

Escusando-se a antecipar uma nova estimativa para 2023, o governante admitiu que o Governo irá atualizar as projeções no Programa de Estabilidade: "Só nessa altura iremos fazer novas avaliações relativamente ao que será o andamento da economia portuguesa", disse.

"Estes dados que saíram de 2022 dão-nos confiança de que os resultados em 2023 sejam melhores do que as nossas projeções. Isso é um dado muito importante neste momento. Passos seguros, passos consistente", afirmou.

Fernando Medina destacou ainda os dados da execução orçamental divulgados na sexta-feira passada, considerando que "demonstram que estamos no bom caminho para fecharmos o ano de 2022 dentro das metas".

Isto é, segundo o governante, "um défice dentro do patamar 1,5%, abaixo de 1,5% do Produto [Interno Bruto], e uma dívida pública de 115% do Produto", o que, diz, "também é um elemento de confiança no país e fundamentalmente um elemento que nos dá mais capacidade para podermos responder às necessidades das famílias e empresas".

"Aliás, foi esta capacidade orçamental de resposta de apoio às famílias e ao tecido económico que também justifica os indicadores do produto no último trimestre do ano", defendeu, apontando para "um apoio importante e um papel importante na estabilização da procura interna no último trimestre e nesse desempenho da procura interna".

"Essa política orçamental foi possível porque tivemos uma política relativamente às contas públicas que nos permitiu ter a margem para transferir para as famílias mais do que foi o acréscimo das receitas de IVA. Transferimos para as famílias, para o sistema económico a totalidade da receita fiscal, que o Estado arrecadou face ao que tínhamos orçamentado e essa transferência teve um impacto significativo", explicou o governante.
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