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Contas externas regressam aos excedentes com crescimento do turismo em agosto

Tal como em 2018, foi no mês mais forte para o turismo que Portugal consegue inverter a tendência de défice nas contas externas.

17 de Outubro de 2019 às 15:09
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O forte crescimento do turismo em Portugal continua a compensar o agravamento do desequilíbrio da balança de bens, o que permitiu que o país tenha conseguido regressar a saldos positivos nas contas externas.

 

De acordo com o Banco de Portugal, entre janeiro e agosto deste ano o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em 685 milhões de euros. Entre janeiro e julho as contas externas eram deficitárias em 1,6 mil milhões de euros.

 

Tal como em 2019, no ano passado o saldo conjunto das balanças corrente e de capital também passou para terreno positivo em agosto. Em 2017 o saldo positivo tinha sido alcançado em julho. Ainda assim, o excedente apurado este ano é substancialmente inferior ao registado no mesmo período de 2018 (2.717 milhões de euros entre janeiro e agosto).

 

A manter-se a recuperação nos próximos meses, 2019 será o oitavo ano seguido de excedente nas contas externas, embora se caminhe para um valor mais reduzido.

 


Para o excedente das contas externas até agosto contribuiu de forma decisiva a evolução positiva do setor do turismo. Segundo o Banco de Portugal, as exportações de viagens e turismo aumentaram 7,7% para 12,6 mil milhões de euros nos primeiros oito meses deste ano.

 

Apesar deste crescimento ter sido determinante para Portugal ter agora um saldo externo positivo, foi insuficiente para melhorar a posição face a 2018.  

 

O excedente da balança de serviços diminuiu 473 milhões de euros, com as exportações a subirem 3% e as importações a aumentarem de forma mais acentuada (10,9%).

 

Na balança de bens o desempenho também foi mais negativo. O défice aumentou 1.789 milhões de euros, com as exportações a subirem menos do que as importações: 1,4% vs 4,9%.

No que diz respeito à balança de rendimento primário, o défice diminuiu 526 milhões de euros para 3 mil milhões de euros, devido à "redução dos juros pagos a entidades não residentes".

 

No saldo da balança financeira registou-se um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 1.181 milhões de euros. O Banco de Portugal destaca "o aumento de ativos através do investimento do setor bancário residente em dívida pública emitida por países da União Monetária".

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