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Deterioração da balança comercial prejudica contas externas até outubro

Até outubro deste ano, Portugal continua a registar um excedente nas contas externas, mas este caiu para quase um quarto do valor do mesmo período do ano passado.

18 de Dezembro de 2019 às 12:43
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O excedente da balança comercial de bens e serviços continuou a cair a pique até outubro e contribuiu para a redução do excedente das contas externas para quase um quarto do valor do mesmo período do ano passado.

"Até outubro de 2019, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em 1.107 milhões de euros, o que compara com 3.994 milhões de euros em igual período de 2018", anunciou o Banco de Portugal esta quarta-feira, 18 de dezembro, na nota de informação estatística sobre a balança de pagamentos.
A contribuir de forma determinante para evolução das contas externas portuguesas está a evolução da balança comercial. O excedente dado pelos serviços tem sido progressivamente reduzido com o aumento do défice nos bens. O resultado é um excedente das contas externas mais baixo.

Os números são claros: o excedente da balança comercial até outubro do ano passado era superior a três mil milhões de euros. Um ano depois, esse excedente reduziu-se para menos de 400 milhões de euros e arrisca-se a desaparecer com as importações a crescerem mais do que as exportações.
Todas as componentes das contas externas levaram à redução do excedente, em particular a balança comercial, mas há uma exceção: "O défice da balança de rendimento primário diminuiu 215 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para -3.787 milhões de euros", refere o BdP, explicando que "esta variação resultou, principalmente, da redução dos juros pagos a entidades não residentes".

No caso da balança financeira, houve um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior. Tal é explicado pelo investimento do setor financeiro em dívida pública de outros países da Zona Euro e pelo pagamento antecipado de parte da dívida contraída junto das instituições financeiras. A contrariar esses dois efeitos esteve o investimento de não residentes em empresas residentes e nas obrigações do Tesouro emitidas pelo IGCP.

No final do terceiro trimestre, em percentagem do PIB, o excedente externo passou de 2,1% em 2018 para 0,4% em 2019, menos 1,7 pontos percentuais. 
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