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Confiança dos consumidores da Zona Euro tornou a recuar em março

Indicador da Comissão Europeia voltou a deteriorar-se após alguma recuperação em fevereiro, trazendo más notícias para a evolução do consumo.

Os consumidores já aceitam pagar mais pelos produtos mais sustentáveis.
Mariline Alves
21 de Março de 2025 às 15:51
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Após uma ligeira melhoria registada em fevereiro, a confiança dos consumidores nas economias da Zona Euro voltou a afundar, sinalizando ainda dificuldades para a evolução do consumo privado que na reta final de 2024 seguia a abrandar, tirando velocidade ao PIB.

No último mês do primeiro trimestre, o indicador de confiança dos consumidores da Zona Euro caiu 0,9 pontos para uma marca de -14,5 pontos, de acordo com os dados preliminares da Comissão Europeia publicados nesta sexta-feira.

Também para o conjunto dos países da União Europeia se oberva uma queda significativa, em 1,0 pontos, para -13,9 pontos.

Num e noutro caso, o indicador avançado para a evolução das despesas das famílias prossegue uma vez mais a afastar-se da tendência histórica, revertendo melhorias pontuais ao longo dos meses finais de 2024 e a recuperação ligeira observada no mês de fevereiro, marcada por uma opinião mais positiva das famílias em relação às condições económicas e por um aumento nas intenções de realização de compras importantes. 

Esta evolução nos dados avançados aponta para que o contributo do consumo privado para as economias do euro prossiga fraco no primeiro trimestre de 2025.

No quarto trimestre do ano passado, o PIB da Zona Euro avançou 0,2%, perdendo ritmo face aos 0,4% de crescimento em cadeia do trimestre anterior.

Nesta evolução, os gastos das famílias ainda deram o maior contributo para o crescimento, mas aquele que se espera ainda que seja o principal motor de alguma recuperação económica neste ano no espaço da moeda única registou apenas uma subida de 0,4%, desacelerando face aos 0,6% de crescimento do trimestre anterior. 

Esta evolução ocorreu apesar de melhorias nos rendimentos reais, num momento em que a menor confiança das famílias continua a refletir-se em taxas de poupança historicamente elevadas (15,3% no terceiro trimestre de 2024, nos últimos dados disponíveis).

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