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PIB da Zona Euro com ligeira revisão em alta e despesa das famílias a abrandar

Segundo o Eurostat, as economias do euro terão afinal avançado 0,2% no 4.º trimestre. A revisão continua a significar abrandamento na reta final de 2024.

A confiança das famílias continuou em queda em outubro, atingindo níveis do início da pandemia de covid-19.
Vincent Kessler/Reuters
07 de Março de 2025 às 11:13
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As economias da Zona Euro cresceram, em cadeia, 0,2% no trimestre final do ano passado, com o Eurostat a rever ligeiramente em alta a estimativa inicial do PIB para a área da moeda única nesta sexta-feira. 

Em estimativa inicial, o gabinete de estatísticas europeu tinha indicado que o valor de crescimento no euro teria sido de 0,1%.

Face a igual período do ano anterior, o 4.º trimestre representou também uma subida do PIB um pouco acima da estimativa inicial, com o Eurostat a apontar agora para 1,2% de crescimento homólogo nas economias da Zona Euro (antes 0,9%).

Apesar das revisões em alta, o final de 2024 foi ainda marcado no bloco por abrandamento face aos 0,4% de subida do PIB ocorridos no 3.º trimestre. Neste período, recorde-se, Portugal destacou-se por seguir em sentido oposto, com uma forte aceleração da economia (1,5% de subida em cadeia do PIB), apoiada pelo aumento dos gastos das famílias.

Não é, porém, esse o caso no agregado comum dos 20 países do euro, onde o consumo privado voltou a perder gás.

Embora continuando a dar o maior contributo para a evolução do PIB, aquele que se espera que seja o principal motor de alguma recuperação económica neste ano no espaço da moeda única registou uma subida de 0,4%, desacelerando face aos 0,6% de crescimento do trimestre anterior. 

Neste período, a despesa das famílias manteve o maior contributo para a evolução do PIB no grupo, num impulso de 0,2 pontos percentuais (p.p.), complementado com o efeito da evolução no consumo público (0,1 p.p.) e da formação bruta de capital fixo (0.1 p.p). A chamada variação de existências pesou em sentido inverso (-0,2 p.p) com a procura externa a ter, desta vez, um contributo nulo para o desempenho da Zona Euro.

Além do abrandamento na despesa das famílias, as restantes componentes da procura interna também perderam força. O ritmo de crescimento do consumo público abrandou de 0,9% para 0,4%, enquanto a formação bruta de capital fixo passou de uma subida de 1,8% para 0,6%.

Com sinais de estagnação continuada, a economia do euro tem sido alvo de sucessivas revisões em baixa. O Banco Central Europeu atualizou ontem projeções para apontar já apenas para um crescimento de 0,9% em 2025, o que significa que não antecipa qualquer aceleração face aos 0,9% de subida do PIB no grupo estimados para o conjunto de 2024. Também a Comissão Europeia deu já indicação de que pretende rever em baixa a previsão de crescimento feita em novembro passado para este ano

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