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Actividade económica em queda há cinco meses
Os dados do Banco de Portugal apontam para que a economia portuguesa continue a abrandar, já que o indicador da actividade económica atingiu o valor mais baixo desde o final de 2014.
O indicador coincidente mensal para a actividade económica, calculado pelo Banco de Portugal, recuou em Abril pelo quinto mês consecutivo, anunciou o banco central esta sexta-feira, 20 de Maio.
O indicador registou uma subida homóloga de 0,1%, o que traduz a leitura mais baixa desde Dezembro de 2014. Além disso, a queda face aos meses anteriores foi forte, já que em Fevereiro tinha aumentado 0,8% e em Março crescido 0,4%.
De acordo com o Banco de Portugal, o indicador coincidente mensal para o consumo privado registou uma ligeira diminuição pelo segundo mês consecutivo, após a estabilização observada desde meados de 2015.
O indicador que mede o consumo das famílias cresceu a uma taxa de 2,3%, um mínimo desde Fevereiro de 2015.
Estes dados revelados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal sugerem que a economia portuguesa continua a abrandar, depois de já ter travado no primeiro trimestre do ano.
O PIB de Portugal registou um crescimento homólogo de 0,8%, em desaceleração face ao registado nos últimos três meses do ano passado (crescimento de 1,3%).
Quando revelou a primeira estimativa para o crescimento do PIB no primeiro trimestre, o INE justificou o arrefecimento da actividade económica com um contributo mais negativo da procura externa líquida, fruto de uma travagem das exportações. Ao mesmo tempo, "o investimento desacelerou significativamente" e, na componente de formação bruta de capital fixo, terá mesmo contraído.
O Governo continua a apontar para uma taxa de crescimento do PIB de 1,8% este ano, sendo que o secretário de Estado do Tesouro recusou esta terça-feira uma revisão em baixa desta estimativa.