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Montepio: Economia acelera no segundo trimestre

O indicador coincidente do Banco de Portugal, de Abril, aponta para uma contracção da economia, mas a estimativa do Montepio assinala uma aceleração do crescimento do PIB.

Pedro Elias/Negócios
23 de Maio de 2016 às 15:08
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O produto interno bruto (PIB) de Portugal deverá crescer entre 0,5% e 0,7% no segundo trimestre, o que traduz uma aceleração face aos três meses anteriores e coloca fim a um período de abrandamento.

 

A estimativa é do Departamento de Estudos do Montepio, que estima que a economia portuguesa, no segundo trimestre, tenha sido "suportada tanto pela procura interna, como pelas exportações líquidas, com as exportações a deverem corrigir do efeito ‘refinaria de Sines’".

 

A confirmar-se esta previsão, que o banco calcula através do seu indicador compósito para o PIB, a economia portuguesa terá recuperado da forte travagem verificada nos três primeiros meses do ano. No primeiro trimestre o PIB de Portugal cresceu apenas 0,1% e a taxa de crescimento homóloga foi inferior à verificada nos dois trimestres anteriores.

 

No relatório semanal onde revela esta estimativa para o PIB no segundo trimestre, o Montepio salienta que a sua previsão é bem mais optimista do que a sugerida pelo indicador de actividade económica do Banco de Portugal, referente a Abril.

 

Na semana passada o banco central revelou que indicador coincidente mensal para a actividade económica recuou em Abril pelo quinto mês consecutivo, atingindo o valor mais baixo desde Dezembro de 2014. 

 

Segundo o Montepio, este indicador do Banco de Portugal "encontra-se em níveis consistentes com um decréscimo, em cadeia, do PIB, de 0,3%, no segundo trimestre, resultado aquém da nossa actual previsão".

 

No que diz respeito ao outro indicador de actividade reportado em Portugal (do INE, referente a Março), aponta para um crescimento do PIB de 0,4% no primeiro trimestre, bem acima dos 0,1% anunciados na primeira estimativa do INE.

 

No relatório publicado esta segunda-feira, 23 de Maio, o Montepio assinala que "as exportações terão observado uma forte queda no primeiro trimestre, vendo-se penalizadas designadamente pela descida das exportações para Angola e China, mas também pelas greves dos trabalhadores da refinaria de Sines realizadas ao longo do trimestre, que terão tido um impacto superior ao por nós inicialmente antecipado e cujo efeito negativo provocado poderá ser revertido no decurso deste trimestre".

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