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PSD pede ao Governo “parcimónia” a beneficiar câmaras PS
Teresa Leal Coelho, a candidata do PSD à câmara de Lisboa, transmitiu a António Costa que o partido prefere que as autárquicas se realizem a 1 de Outubro. Também pediu ao Governo “parcimónia” em “actuações menos isentas” face a autarquias socialistas.
Teresa Leal Coelho chefiou a comitiva do PSD que esta segunda-feira transmitiu a António Costa a data preferida pelo partido para realizar as eleições autárquicas. À semelhança do que já havia sugerido o CDS, o PSD propôs o dia 1 de Outubro para o acto eleitoral. Mas a candidata do PSD à câmara de Lisboa – e vice-presidente do partido – também pediu ao Governo de António Costa para ter "parcimónia" no que toca a beneficiar autarquias do PS.
"Pedimos a todos, e naturalmente ao Governo, que neste período pré-eleitoral tenham uma particular parcimónia no que diz respeito a eventuais actuações menos isentas no que respeita a autarquias", pediu Teresa Leal Coelho, acrescentando que em causa está a "cor que governa cada uma das autarquias". "Pedimos que não haja autarquias de primeira e autarquias de segunda", acrescentou, num pedido implícito para que o Executivo não beneficie autarquias do PS.
Para a social-democrata, é essencial "criar condições para que este processo seja um processo com isenção, imparcialidade e transparência". "Fazemos um apelo a todos os actores políticos para que se comportem como a democracia exige", com "isenção, imparcialidade e transparência no âmbito do processo eleitoral".
Quanto à data proposta para realizar as eleições autárquicas, Teresa Leal Coelho diz que o dia 1 de Outubro "dá garantias para que todos os processos [eleitorais] possam ser preparados e todos os candidatos possam ir para o terreno apresentar os seus projectos e ouvir as sociedades civis".
Antes do PSD, o CDS, através de Assunção Cristas, também transmitiu a António Costa que prefere que as autárquicas tenham lugar no dia 1 de Outubro, um domingo.
Nas autárquicas de 2013, o PSD sofreu a maior derrota eleitoral desde 1976, conquistando apenas 106 autarquias, uma queda de 30 municípios face a 2009.