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Ponta Delgada admite aplicar taxa turística de um euro por dormida em 2018

O presidente da Câmara de Ponta Delgada, nos Açores, disse esta segunda-feira que está a ser equacionada a criação em 2018 de uma taxa turística de um euro por dormida no concelho, ideia que recusou no passado.

Portas do Mar: Ponta Delgada galgou o mar em Julho de 2008. Abriam-se as Portas do Mar, uma zona de lazer e comércio desenhada pelo arquitecto Manuel Salgado. O local transformou-se num dos pontos de referência na noite micaelense pelo lado boémio e cultural. Nele conjugam-se ainda o terminal de cruzeiros e a marina. É possível encontrar lojas de artesanato, farmácia, agência de viagens, perfumaria, restaurantes e bares.
Miguel Baltazar/Negócios
06 de Fevereiro de 2017 às 17:41
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"A possibilidade da sua criação está a ser avaliada no interesse de Ponta Delgada e do turismo. Não se pode confundir entre aquilo que foi uma decisão concretizada de não aplicação da taxa turística no primeiro ano de consolidação do destino turístico de Ponta Delgada, após a liberalização do espaço aéreo, com o futuro", afirmou à agência Lusa José Manuel Bolieiro.

O autarca declarou estar a "abrir a possibilidade de criação dessa taxa", depois de ter recusado a ideia nos últimos anos, considerando, agora, tratar-se de "uma vantagem para a economia dos Açores e de Ponta Delgada como destino turístico".

"A taxa turística acontece no país como acontece em muitas outras cidades europeias e é uma forma de [arrecadar] receita. Não pode é ser penalizadora desta procura do destino turístico e, por isso, é que não foi criada imediatamente", observou.

O presidente da maior autarquia açoriana estimou que a taxa poderá significar para os cofres do município cerca de "meio milhão de euros", verba que tem como destino o investimento em equipamentos para "aperfeiçoar e requalificar Ponta Delgada como destino turístico".

O responsável adiantou ter "desenvolvido algumas conversações" sobre esta matéria com a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada e com a Associação de Hotelaria de Portugal, reconhecendo como prioritário haver "diálogo e concertação".

"Não há pressa na sua implementação [da taxa]", declarou José Manuel Bolieiro, mas apontando 2018 para a sua efectivação e garantindo que "será fruto do diálogo e concertação a fazer em benefício do investimento turístico em Ponta Delgada".

A medida deverá ser discutida, regulamentada e sujeita a apreciação pública ainda ao longo deste ano, para depois ser submetida à discussão da Assembleia Municipal para constar no plano e orçamento municipais para 2018.

Hoje, também o líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, não rejeitou esta hipótese.

"O que temos vindo a dizer no caso dos açorianos é completamente diferente. Qualquer açoriano para se deslocar ao continente não deveria ter custos acrescidos, porque não era um turista na maioria das vezes. Deslocava-se em trabalho ou por razões de doença. Outro plano tem a ver com aquilo que as autarquias podem cobrar aos turistas que cá vêm", disse Duarte Freitas, a propósito da taxa, noticiada pelo Açoriano Oriental no fim-de-semana.
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