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Fecho da Avenida da Liberdade ao trânsito pode reduzir atividade económica até 20%

Estudo feito pela associação Avenida da Liberdade estima que as alterações no trânsito previstas, com o fecho da Avenida aos domingos e feriados, terão "um enorme impacto económico" e podem levar a uma redução de até 300 postos de trabalho.

Mário Cruz
23 de Maio de 2022 às 11:54
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O fecho da Avenida da Liberdade ao trânsito pode levar a uma redução de até 20% na faturação das lojas, hotéis, restaurantes e serviços localizados na zona. A conclusão é de um estudo feito pela associação Avenida da Liberdade, que alerta ainda que a medida pode levar a uma redução de 200 a 300 postos de trabalho.

"A associação Avenida da Liberdade, que representa as lojas, hotéis, restaurantes e serviços, estima que as mudanças no trânsito da cidade, com o fecho da Avenida aos domingos e feriados, terá um enorme impacto económico em todas as áreas, provocando quebras de receitas na ordem dos 18 a 20%", lê-se numa nota enviadas às redações.

A proposta de fechar o trânsito da Avenida da Liberdade ao domingo e feriados foi apresentada pelo Livre e aprovada pela oposição ao executivo municipal liderado por Carlos Moedas. Desde então, o autarca tem esteve reunido com a associação Avenida da Liberdade, onde os representantes das lojas e serviços presentes na Avenida expressaram a sua discordância com a medida. 

A redução da circulação terá, segundo a mesma associação, "um impacto comercial muito grande e uma redução na atividade comercial da principal avenida de Lisboa". "Estas consequências serão nacionais pois irá afetar a dinâmica do turismo, sendo este o grande motor do crescimento do PIB e dos principais criadores de emprego", avisa.

"Os domingos e feriados são dos dias mais dinamizadores das salas de espetáculos, dos restaurantes, da hotelaria, das lojas e diferentes serviços. Esta decisão, tomada sem estudos e sem um diálogo com as pessoas, trará consequências para os negócios", reitera Pedro Mendes Leal, presidente da associação Avenida da Liberdade.

A associação teme ainda que os trabalhadores sejam prejudicados no seu rendimento de trabalho mensal, "já que domingos e feriados são remunerados a valores mais altos que os dias úteis".
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