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CDS pede a suspensão do concurso de bicicletas partilhadas em Lisboa

Os centristas vão pedir esta quarta-feira a suspensão deste concurso, por não terem tido acesso ao plano de negócio do projecto de forma a avaliar a sua viabilidade.

27 de Janeiro de 2016 às 16:24
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O CDS-PP vai propor hoje a suspensão do concurso de bicicletas partilhadas em Lisboa. Os centristas dizem que já pediram por diversas vezes o plano de negócios do projecto, de forma a avaliar a sua viabilidade, mas até agora não tiveram acesso ao mesmo.

"O estudo de viabilidade e o plano de negócio são os instrumentos de gestão que permitem avaliar da qualidade do investimento que se pretende fazer", escreve o CDS-PP na proposta a que o Negócios teve acesso. "A sua inexistência ou ocultação pode representar lançar um projecto com resultados imprevisíveis cujo risco é suportado pelos munícipes de Lisboa".

A proposta vai ser apresentada esta quarta-feira, 27 de Janeiro, pelos centristas na reunião da autarquia de Lisboa.

O documento leva a assinatura do vereador João Gonçalves Pereira que relata ter "solicitado diversas vezes junto do gabinete do presidente Fernando Medina" o respectivo plano de negócio.

O presidente da autarquia confirmou a existência do plano de negócios da EMEL numa reunião em meados de Dezembro e assumiu o "compromisso público" de que o documento "fosse enviado de imediato". Mas "decorridos mais de 40 dias" a EMEL ainda não enviou o plano.

Mais tarde, numa reunião a 13 de Janeiro, a administração da EMEL foi "directamente instruída pelo presidente da Câmara no sentido desta fornecer ao CDS-PP o plano de negócio". Mas, "mais uma vez não se verificou, acto que configura uma desautorização directa e grave da instrução dada pelo accionista", a autarquia de Lisboa que detém a 100% a EMEL.

O CDS sublinha que uma "boa implementação de um sistema de bicicletas partilhadas é estruturante para a cidade", mas sublinha que o custo unitário de bicicleta é de 2.277 euros por ano, num valor de 20.500 mil euros por bicicleta ao fim dos nove anos da duração do contrato.

Foi em Outubro que a autarquia de Lisboa lançou um concurso público no valor de 29 milhões de euros para criar um sistema de partilha de bicicletas na capital. Este prevê a compra de 1.400 bicicletas e a instalação das 140 estações que vão ficar espalhadas em zonas estratégicas da cidade de Lisboa e que vão possibilitar aos lisboetas recolher e entregar as bicicletas partilhadas.

Apesar de ter atraído mais de uma dezena de candidatos, o concurso acabaria por ser anulado este mês, depois de nenhum ter candidato ter cumprido na íntegra. A EMEL já anunciou que pretende lançar um novo concurso em breve, sem alterar o modelo inicial.
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