Catarina Albergaria chegou à Câmara de Lisboa em Dezembro de 2015 e, desde então, já recrutou seis pessoas ,por ajuste directo e em regime de prestação de serviços. Recebem entre 2.800 e 3.500 euros mensais, mais IVA e sem direito a subsídios. Uma delas é Mário Barroso Soares, filho de João Soares, ministro da Cultura.

A notícia está no jornal Público desta terça-feira, 16 de Fevereiro, segundo o qual, nenhuma das pessoas contratadas tem horário de trabalho definido e as contratações visam "a satisfação de necessidades não permanentes do município". Tanto que os contratos terminarão com a saída da vereadora de funções.

Como é habitual neste tipo de contratos, a que recorrem todos os partidos representados na autarquia e dentro de limites previamente estipulados por deliberação camarária, frisa a notícia, os contratados são pessoas de confiança pessoal da vereadora e têm quase todas carreira na máquina do PS.

Não é o caso do filho de João Soares e neto do antigo Presidente da República. Mário Barroso Soares é licenciado em história, tem 30 anos e vai assessorar a vereadora na organização de eventos e na gestão cultural. No seu currículo tem trabalhos, por curtos períodos, na área do secretariado. Receberá 2.800 euros mensais, mas no primeiro mês terá um bónus: devido ao acumulado de processos que requererá a execução do dobro de horas nesse mês receberá 4.200 euros.

O Público questionou a Câmara sobre a natureza da "especial aptidão técnica e intelectual, bem como experiência profissional" do contratado, que a autarquia justificou com o currículo do mesmo.