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Medina defende que há "amplo consenso" sobre projecto da 2.ª Circular
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, defendeu esta quarta-feira que há um "amplo consenso" quanto à necessidade e às opções da autarquia no projecto da Segunda Circular, que está inserido "numa visão de futuro" para a cidade.
"Creio que há um nível de consenso muito grande sobre aquilo que vai ser feito relativamente aos pavimentos, à sinalização vertical e horizontal, aos entrecruzamentos, às entradas e saídas e à humanização da Segunda Circular. Tudo isso são hoje áreas e opções que merecem um amplo consenso", declarou o autarca socialista.
Falando à margem da reunião da Assembleia Municipal de Lisboa - na qual se aprovou por unanimidade um relatório com 34 recomendações à Câmara sobre a Segunda Circular, resultante de um debate realizado no início deste mês -, Medina acrescentou que "também sai reforçada a convicção de integrar este projecto numa visão de futuro da cidade de Lisboa".
"Nós queremos dar à Segunda Circular um carácter mais urbano, menos de via de atravessamento, e não abdicamos dessa ambição para o futuro da Segunda Circular e para o futuro da cidade de Lisboa", insistiu.
De acordo com o responsável, "isto implica, naturalmente, intervenções noutras vias, dentro da cidade de Lisboa mas também nas circulares externas, que são também responsabilidade da administração central e das concessionárias".
Em causa está também "matéria relativa aos transportes públicos, na qual estamos a trabalhar com o Governo", acrescentou.
Questionado sobre como estão a correr essas conversações sobre a municipalização do Metropolitano de Lisboa e da rodoviária Carris (detidos pela empresa Transportes de Lisboa), Fernando Medina disse apenas que "estão a correr bem".
Já quanto à Segunda Circular, assegurou que o que está em cima da mesa vai "melhorar a vida de todos aqueles que circulam" nesta via e de "todos aqueles que vivem na sua envolvente".
Segue-se agora a compilação num relatório dos cerca de 400 contributos apresentados durante a consulta pública ao projecto, que decorreu entre 23 de Dezembro e 29 de Janeiro, bem como das opiniões dadas durante o debate temático promovido pela Assembleia Municipal.
Reconhecendo que "há vários aperfeiçoamentos a fazer ao projecto, o presidente da autarquia lisboeta observou: "Há contributos que colidem frontalmente com o projecto, há contributos que gostávamos de poder incorporar, mas que são mais avançados e que não consideramos possíveis de incorporar nesta fase e há vários outros contributos que vão, seguramente, melhorar o projecto".
Fernando Medina adiantou que a versão final do projecto será apreciada pelo executivo "entre o fim de Fevereiro e o início de Março".
Tendo o intuito de melhorar a fluidez do tráfego e conferir mais segurança à Segunda Circular, a maioria PS no município propôs-se a requalificar a via, o que passa por diminuir o tráfego de atravessamento, através da reformulação de alguns acessos e dos nós de acesso, e por reduzir a velocidade de 80 para 60 quilómetros/hora.
O município quer também criar um separador central maior e arborizado, reduzir a largura da via da direita, montar barreiras acústicas reabilitar a drenagem e do piso e renovar a sinalética e a iluminação pública.
Orçadas em 12 milhões de euros, as obras devem iniciar-se em Junho, durando 11 meses.