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Obras entre Picoas e Saldanha em Lisboa arrancam em Março

A Câmara de Lisboa vai investir 7,5 milhões de euros na requalificação do eixo central da cidade, entre Picoas e o Saldanha, que deve arrancar em meados de Março e terminar no início de 2017.

16 de Fevereiro de 2016 às 07:03
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Em Setembro do ano passado, a Câmara de Lisboa (de maioria PS) aprovou a contratação de uma empreitada para reabilitar as avenidas da República e Fontes Pereira de Melo, através da criação de espaços verdes, ciclovias e passeios mais largos, no âmbito do programa "Uma praça em cada bairro".

Inicialmente avaliadas em 9,4 milhões de euros, as obras vão afinal custar 7,5 milhões de euros (incluindo o Imposto sobre o Valor Acrescentado - IVA), disse esta terça-feira, 16 de Fevereiro, o vereador do Urbanismo da autarquia, Manuel Salgado, observando que se conseguiu um valor "significativamente abaixo da base de licitação".

Também se previa que as obras durassem um ano, mas o prazo baixou para os nove meses, adiantou o autarca.

Estas condições estão expressas na proposta que o executivo debate da quarta-feira, referente à adjudicação da obra a um consórcio.

"A partir da aprovação em Câmara, que espero que se verifique na quarta-feira, [falta] o visto do Tribunal de Contas. A nossa expectativa é que o visto do Tribunal de Contas demore cerca de um mês e, portanto, a partir daí começa a obra", afirmou Manuel Salgado, estimando que os trabalhos se iniciem em meados de Março/início de Abril.

Na Avenida da República, haverá mais árvores, passeios mais largos com zonas de estadia e esplanadas e uma ciclovia unidireccional. Já na Praça Duque de Saldanha, serão reorganizadas a as áreas verdes e a praça de táxis.

Na Avenida Fontes Pereira de Melo será dada continuidade à nova ciclovia, haverá um corredor de árvores ao longo do passeio, um novo separador central e mais espaço para os peões. O estacionamento também será alterado.

De acordo com Manuel Salgado, foi criada uma "sequência dos trabalhos que reduz os impactos negativos" desta obra.

Em causa está um planeamento em "três frentes", começando no lado poente da Avenida da República, entre Entrecampos e a Avenida Elias Garcia.

Segue-se a intervenção nos dois sentidos da Avenida da República, entre a Avenida Elias Garcia e o Saldanha, e na Avenida Fontes Pereira de Melo, entre o Marquês de Pombal e o Saldanha.

Por último, será a vez da Praça Duque de Saldanha.

O também responsável pelas obras municipais explicou que "só depois de concluído o separador central é que se intervém nas laterais".

Apesar dos constrangimentos, "vai ser sempre possível circular naquela zona", assegurou o autarca, falando em desvios para o Túnel do Rego, para a Avenida 5 de Outubro e para a Avenida Defensores de Chaves.

"Isto como é os sistemas hidráulicos, se a água não circula por um lado, circula pelo outro", comparou.

Questionado sobre as alternativas para os moradores face à redução de estacionamento à superfície, Manuel Salgado indicou que a autarquia permanece em contacto com operadoras para que os residentes consigam aceder a parques subterrâneos por preços mais reduzidos.

Certo é o acréscimo do número de lugares para cargas e descargas, o que permitirá "tornar este num eixo com uma presença de comércio de rua bastante intensa", revelou.
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