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António Costa faz balanço do mandato e mostra contas da câmara de Lisboa

O presidente da câmara de Lisboa fez quinta-feira à noite um balanço dos seus quatro anos de mandato e mostrou as contas da autarquia, que apesar da redução das dívidas apresenta um passivo de 1.194 milhões de euros.

Bruno Simão/Negócios
07 de Junho de 2013 às 00:58
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Dizendo-se "orgulhoso" de ter alcançado "um nível de endividamento líquido zero", António Costa frisou que "isso "não quer dizer que não haja divida" e indicou que a câmara tem uma dívida bancária na ordem dos 350 milhões de euros, apesar de ter conseguido "reduzi-la em mais de metade".

 

O mesmo se passa com a dívida a fornecedores, que foi reduzida em 91 milhões de euros e situa-se agora nos 18 milhões de euros. No total, e apesar de ter vindo a reduzir o seu passivo desde 2009, a Câmara de Lisboa tem um passivo de 1.194 milhões de euros.

 

Segundo o presidente, a diminuição das dívidas tem por base a redução da despesa com a frota automóvel (-25,4%) e com custos de exploração (-34 milhões de euros), a reestruturação das empresas municipais e a reorganização dos serviços.

 

Durante cerca de duas horas e perante uma plateia cheia de caras conhecidas da política à cultura, António Costa passou em revista os programas autarquia e afirmou que o seu objectivo é levar "mais pessoas e mais emprego" para Lisboa, que perdeu 400 mil habitantes em quatro décadas. Para isso, desenvolveu quatro grandes eixos: a Cidade Amigável, a Cidade das Oportunidades, a Cidade Sustentável e a Cidade Competitiva, Inovadora e Internacionalizada.

 

Na Cidade Amigável destacou a aposta "muito forte" na qualificação e melhoria do espaço público, bem como a limpeza urbana e a segurança, afirmando que foram as poucas áreas onde a câmara investiu em material e em pessoal, tendo 243 novos cantoneiros e 156 novos bombeiros sapadores.

 

António Costa anunciou ainda que está em fase de conclusão a montagem do sistema de videovigilância no Bairro Alto, que tem um total de 27 câmaras e representa um investimento de 200 mil euros.

 

No campo da acção social, disse que a autarquia assegura nas escolas um total de 2.156 pequenos almoço/dia, 17.100 almoços/dia, 8.193 lanches/dia e garante 70 mil refeições diárias no programa de apoio alimentar a pessoas carenciadas.

 

Na Cidade das Oportunidades, António Costa destacou programas como reabilita primeiro, paga depois, a venda faseada a moradores e renda convencionada, no âmbito dos quais mais de 70% dos imóveis foram vendidos a jovens (44% não viviam em Lisboa).

 

Quanto ao Programa de Investimento Prioritário em Ações de Reabilitação Urbana (PIPARU), o autarca lamentou que "pouca gente saiba da possibilidade de recorrer a este programa", que oferece vários incentivos fiscais.

 

Na Cidade Sustentável, destacou a inauguração do Corredor Verde, as hortas urbanas e os 47 quilómetros de ciclovias. A criação de Zonas 30, a promoção do uso de veículos eléctricos e as alterações ao trânsito na Avenida da Liberdade foram também destacadas pelo presidente. "Temos [na Avenida da Liberdade] o pior nível de qualidade do ar de toda a União Europeia (...) A grande causa da poluição atmosférica da Avenida da Liberdade são os carros. Para reduzirmos as emissões temos de reduzir o número de carros", resumiu.

 

Na Cidade Competitiva Inovadora e Internacionalizada, o autarca defendeu que Lisboa devia apostar em se tornar uma cidade Erasmus, uma cidade atractiva para o investimento e uma cidade criativa. "É na época de crise que mais temos de apostar na cultura. Temos que reforçar a actividade cultural na cidade, dar utilização a espaços que estão inactivos", defendeu António Costa e exemplificou com experiencias anteriores como a Casa dos Bicos e o Atelier Museu Júlio Pomar.

 

O presidente da câmara disse ainda que, até final do ano, a autarquia vai investir um milhão de euros na cultura.

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