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Taxa de juro dos novos créditos da casa desce pelo oitavo mês consecutivo

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação desceu para 3,71% em maio. Portugal fica abaixo da média da Zona Euro e apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa.

Alexandre Azevedo
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A taxa de juro média dos novas operações de crédito à habitação, onde se incluem as renegociações que não resultaram de incumprimento, caiu para 3,71% em maio, o que compara com 3,74% registados em abril, registando assim a oitava descida consecutiva. É o que indicam os últimos dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Depois de em abril, pela primeira vez desde setembro de 2022, a taxa de juro dos novos créditos à habitação na Zona Euro ter sido superior à registada em Portugal, no mês passado esta tendência manteve-se. A taxa média dos países da moeda única manteve-se inalterada nos 3,76% e "Portugal apresentou a sétima taxa de juro média mais baixa", detalha o supervisor nacional.

A taxa de juro média dos novos empréstimos para habitação própria permanente concedidos com taxa variável em maio foi de 4,64% (4,67% em abril) e os novos empréstimos a taxa fixa mantiveram-se inalterados nos 4%, voltando assim a reduzir-se o diferencial entre as duas taxas.

Os bancos concederam 1.770 milhões em novos empréstimos para habitação às famílias no quinto mês do ano, uma descida face aos 1.830 milhões em abril. Deste montante 88% foi para habitação própria permanente, 5% para habitação secundária e 7% para obras.

Por tipo de taxa e exclusivamente nos novos empréstimos à habitação própria permanente, a esmagadora maioria foi concedida de forma mista (76%), sendo que 20% foi de forma variável e 4% fixa.

Já por tipo de indexante, a proporção dos montantes de novos empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável concedida com uma Euribor a 12 meses foi de 48%, a seis meses de 40% e a três meses de 9% e cerca de 4% usando outras taxas de referência.

Prestação inalterada nos 424 euros


A prestação média mensal do stock de empréstimos para habitação própria permanente manteve-se nos 424 euros em maio, sendo que 75% dos contratos têm uma prestação mensal inferior ou igual a 528 euros.

As amortizações antecipadas de crédito à habitação representaram uma fatia de 0,93% do "stock" de empréstimos em abril, mais 0,05 pontos percentuais do que em março, invertendo a tendência que se verificava há três meses consecutivos.

"As amortizações antecipadas de crédito à habitação representaram 0,91% do 'stock' de empréstimos em maio, menos 0,02 pp do que no mês anterior. As amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) corresponderam a 91% das amortizações antecipadas em maio", indica o BdP.

Total de empréstimos às famílias ascende a 2.542 milhões em maio


As novas operações de empréstimos (que incluem os contratos totalmente novos e os contratos renegociados) 2.542 milhões de euros em novos empréstimos às famílias em maio, menos 53 milhões do que em abril.

"As renegociações de crédito diminuíram 90 milhões de euros, totalizando 432 milhões de euros. Esta evolução deveu-se, em grande parte, às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram pelo quarto mês consecutivo (-84 milhões de euros, para 395 milhões de euros)", revela o supervisor.

Especificamente nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média foi de 9,55%, face a 9,63% em abril. Já a taxa de juro médio dos novos empréstimos para outros fins aumentou para 5,01%.

No caso dos novos empréstimos às empresas o montante reduziu-se para 1.826 milhões de euros, menos 44 milhões do que em abril. Já a taxa de juro média desceu para 5,62%.

"Esta diminuição verificou-se nos empréstimos até 1 milhão de euros (-0,17 pp, com a taxa de juro média a fixar-se em 5,72%). Nos novos empréstimos acima de 1 milhão de euros, a taxa de juro média aumentou (0,2 pp, fixando-se em 5,47%).", salienta o Banco de Portugal.
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