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Recuperação da cratera do “Tibete português” vai custar um milhão
A Câmara de Arcos de Valdevez deu luz verde ao procedimento concursal tendente à adjudicação da empreitada de "recuperação da derrocada de Sistelo", ocorrida a 27 de junho passado, que abriu uma fenda de 100 metros no coração da aldeia conhecida como o “Tibete português”.
A 27 de junho, domingo, pelas 21h40, quando decorria o jogo de eliminação da seleção nacional contra a Bélgica, no último Europeu de Futebol, um abatimento de terras de grandes dimensões atingia o coração da freguesia de Sistelo, em Arcos de Valdevez, obrigando à evacuação de casas, tendo então sido retiradas 31 pessoas.
O aluimento de terra, provocado pela acumulação de água nos terrenos agrícolas afetados, abriu uma cratera de cerca de uma centena de metros de extensão, com uma dúzia de metros de largura e um desnível de meia dúzia (profundidade).
Esta segunda-feira, 13 de setembro, menos de três meses depois da ocorrência que sobressaltou a população local, o executivo camarário de Arcos de Valdevez deu luz verde ao procedimento concursal tendente à adjudicação da "empreitada de recuperação da derrocada de Sistelo", pelo preço base de cerca de 947 mil euros "e prazo contratual de 120 dias".
Sistelo tornou-se conhecida como o "Tibete português", tendo ainda há um ano sido mencionada pela revista norte-americana Forbes, que publicou um trabalho sobre as 18 "pérolas" europeias, num "ranking" em que a aldeia minhota surge em quinto lugar, a ilha açoriana das Flores em 2.º e a micaelense Vila Franca do Campo em 10.º.
Um trabalho que replicou o "ranking" elaborado pelo portal de viagens "European Best Destinations" (EBD), que incluiu esta aldeia de Arcos de Valdevez na sua lista das 18 "Best Hidden Gems in Europe" (Melhores Pérolas Escondidas da Europa).
"Localizado perto do Parque Nacional Peneda-Gerês, a 1,5 horas de carro a partir do Porto, Sistelo é uma das melhores pérolas escondidas na Europa. A vila de 300 habitantes, considerada uma das 7 maravilhas de Portugal, é conhecida como o ‘pequeno Tibete português’", realçava o mesmo portal de viagens.