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António Costa lidera representação portuguesa na Conferência do Clima em Paris

O recém-indigitado primeiro-ministro representará Portugal na Conferência do Clima em Paris, o COP21. A delegação portuguesa nesta conferência, sob a qual recaem grandes esperanças, conta com técnicos institucionais, elementos de empresas e organizações não-governamentais.

Reuters
26 de Novembro de 2015 às 12:49
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António Costa, indigitado primeiro-ministro no passado dia 24 de Novembro e cujo Governo toma posse esta quinta-feira, vai representar Portugal em Paris na Cimeira do Clima. O líder do PS rumará à capital francesa na segunda-feira, o primeiro dia do encontro, liderando a representação portuguesa, que integra técnicos, empresas, ONG e universidades.

Mal entrar em funções, António Costa terá já uma agenda internacional bastante cheia. O recém-indigitado primeiro-ministro participará num Conselho Europeu este domingo e em seguida ruma a Paris para a Cimeira do Clima (COP21), juntando-se, assim, aos restantes líderes de peso que também marcarão presença neste encontro, como Barack Obama, Angela Merkel, Xi Jinping e Narenda Modi.

Portugal terá ainda uma delegação presente nesta conferência, composta por técnicos institucionais, elementos de empresas e organizações não-governamentais, informou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). 

"Muito por força da importância que esta reunião em Paris tem, a delegação este ano é muito alargada, não temos número limite de elementos, achamos que é importante uma composição variada e alargada", explicou Ana Teresa Perez, vogal do conselho directivo da APA, citada pela agência Lusa.

"Temos peritos nacionais a participar em grupos de trabalho relacionados com mitigação, cooperação e com o uso do solo e as florestas", há mais de 10 anos, acrescentou a responsável.

À delegação técnica da APA, com cinco elementos, juntam-se elementos do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, especialistas em áreas como a mitigação ou a adaptação às alterações do clima e seu financiamento, que podem estar nos vários grupos de negociação.

O COP21 começa na segunda-feira, dia 30 de Novembro e prolonga-se até 11 de Dezembro. Aqui estarão representados 196 países e pelo menos 147 líderes governamentais já confirmaram a sua presença, entre eles o presidente dos Estados Unidos, o presidente da China e a chanceler alemã.

O evento terá lugar em Bourget, na periferia de Paris e sobre ele recai a esperança de se conseguir fechar um protocolo vinculativo. A grande meta é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, limitando o aquecimento global a 2ºC até ao final do século, tendo como referência a temperatura do período pré-industrial.

Os compromissos feitos até agora por mais de 170 países, representando 95% das emissões globais de gases com efeito de estufa, permitem limitar o aumento da temperatura entre 2,7ºC a 3ºC, um valor ainda insuficiente considerando que os cientistas acreditam que um aumento de 2ºC poderá ter consequências catastróficas e irreversíveis.

Todavia, face aos compromissos já avançados, e às propostas que estão sobre a mesa – nomeadamente a de uma revisão regular dos objectivos – há grande esperança de que este acordo seja uma "oportunidade histórica" para evitar as consequências das alterações climáticas e obter um acordo mundial sobre o clima justo, ambicioso e juridicamente vinculativo. Estas são as expectativas da Comissão Europeia para o acordo de Paris, que, se vier a ser concretizado, substituirá o Protocolo de Quioto.

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