Notícia
Alemanha vai investir 86 mil milhões de euros na rede de comboios
O Governo alemão e a empresa pública responsável pela ferrovia anunciaram um plano de 10 anos para melhorar a oferta e atrair mais procura.
14 de Janeiro de 2020 às 14:52
A Alemanha lançou esta terça-feira, 14 de janeiro, um plano de 86 mil milhões de euros para modernizar e expandir o sistema ferroviário. O objetivo é estimular mais pessoas a usarem o comboio em detrimento de outros meios de transportes mais poluentes como os carros e os aviões.
Este investimento será realizado ao longo de dez anos e irá além da melhoria das vias férreas. O plano inclui o aumento das carruagens, da capacidade de lugares sentados e ainda a eletrificação de mais percursos para tornar este transporte de passageiros mais amigo do ambiente. Atualmente apenas 58% da rede ferroviária alemã é eletrificada.
Do total de 86 mil milhões de euros, a maior fatia do valor (62 mil milhões) será financiada pelo Governo central ao passo que os restantes 24 mil milhões de euros virão dos cofres da Deutsche Bahn, a empresa detida pelo Estado que gere a rede de transportes públicos na Alemanha.
"Esta será a década do comboio", disse o ministro dos Transportes, Andreas Scheuer, numa cerimónia em Berlim em que foi anunciado este plano. Os objetivos são ambiciosos: até 2030, as principais cidades alemãs deverão estar ligadas por um comboio com saídas de 30 em 30 minutos; nos próximos 10 anos, serão renovadas 2.000 pontes onde passam comboios; e por ano, serão renovados 2.000 quilómetros de ferrovia.
Este reforço do investimento na ferrovia acontece numa altura em que se perspetiva um aumento da procura dado que os preços vão cair 10% de forma transversal, refletindo a redução do IVA aplicado aos bilhetes de comboio prevista no Orçamento para 2020. A Deutsche Bahn tem vindo a ser criticada por falhas na pontualidade e nos padrões de qualidade do serviço por causa do recente aumento do número de passageiros.
O plano para a ferrovia faz parte da estratégia do Governo de Angela Merkel para reduzir as emissões de dióxido de carbono do país, em particular no setor dos transportes e no da energia. No discurso de ano novo, a chanceler disse mesmo que as alterações climáticas são o maior desafio de 2020. "Temos de fazer tudo aquilo que for humanamente possível para superar este desafio para a humanidade. Ainda é possível", disse.
Em setembro, o Executivo alemão apresentou um pacote climático de 54 mil milhões de euros que incluía impostos mais elevados para os voos domésticos e subsídios para aumentar a eficiência energética das habitações.
Segundo a Bloomberg, o Governo poderá também anunciar esta semana compensações para as empresas encerrarem as centrais elétricas a lignite e ainda ajuda financeira para "dar a mão" à indústria automóvel que se está a adaptar aos carros elétricos.
A aposta transversal no ambiente chegará também à dívida. Será este ano que a Alemanha vai estrear-se nas green bonds (obrigações verdes).
Este investimento será realizado ao longo de dez anos e irá além da melhoria das vias férreas. O plano inclui o aumento das carruagens, da capacidade de lugares sentados e ainda a eletrificação de mais percursos para tornar este transporte de passageiros mais amigo do ambiente. Atualmente apenas 58% da rede ferroviária alemã é eletrificada.
"Esta será a década do comboio", disse o ministro dos Transportes, Andreas Scheuer, numa cerimónia em Berlim em que foi anunciado este plano. Os objetivos são ambiciosos: até 2030, as principais cidades alemãs deverão estar ligadas por um comboio com saídas de 30 em 30 minutos; nos próximos 10 anos, serão renovadas 2.000 pontes onde passam comboios; e por ano, serão renovados 2.000 quilómetros de ferrovia.
Este reforço do investimento na ferrovia acontece numa altura em que se perspetiva um aumento da procura dado que os preços vão cair 10% de forma transversal, refletindo a redução do IVA aplicado aos bilhetes de comboio prevista no Orçamento para 2020. A Deutsche Bahn tem vindo a ser criticada por falhas na pontualidade e nos padrões de qualidade do serviço por causa do recente aumento do número de passageiros.
O plano para a ferrovia faz parte da estratégia do Governo de Angela Merkel para reduzir as emissões de dióxido de carbono do país, em particular no setor dos transportes e no da energia. No discurso de ano novo, a chanceler disse mesmo que as alterações climáticas são o maior desafio de 2020. "Temos de fazer tudo aquilo que for humanamente possível para superar este desafio para a humanidade. Ainda é possível", disse.
Em setembro, o Executivo alemão apresentou um pacote climático de 54 mil milhões de euros que incluía impostos mais elevados para os voos domésticos e subsídios para aumentar a eficiência energética das habitações.
Segundo a Bloomberg, o Governo poderá também anunciar esta semana compensações para as empresas encerrarem as centrais elétricas a lignite e ainda ajuda financeira para "dar a mão" à indústria automóvel que se está a adaptar aos carros elétricos.
A aposta transversal no ambiente chegará também à dívida. Será este ano que a Alemanha vai estrear-se nas green bonds (obrigações verdes).