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Reformas no mercado de trabalho com “resultados mistos”

FMI defende que “rigidez de cortes salariais” continua a ser “extremamente elevada”. Chefe de missão defende que salários não devem pagar todo o ajustamento.

19 de Fevereiro de 2014 às 11:46
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O Fundo Monetário Internacional descreve como “mistos” os resultados na reforma laboral durante o programa de ajustamento. Os custos unitários do trabalho baixaram, mas pouco, o desemprego permanece elevado e a rigidez salarial continua “extremamente elevada”, lê-se no relatório da décima avaliação publicado esta quarta-feira, 19 de Fevereiro.

 

Numa avaliação as reformas no mercado de trabalho, que antecipa os trabalhos da 11ª avaliação que começa amanhã e fará um balanço das reformas estruturais, o FMI diz que “apesar da queda rápida do desemprego nos últimos meses, a taxa de desemprego permanece em níveis desconfortavelmente elevados”.

 

Além disso, os “custos unitário de trabalho baixaram no sector privado”, mas essa evolução deveu-se mais a ganhos de produtividade decorrentes do aumento do desemprego do que a ajustamentos salariais.

 

Na verdade, o FMI considera que “a rigidez salarial em baixa” em Portugal continua a ser “extremamente elevada quando comparada com outros países e não mudou muito nos últimos anos”. Para os técnicos do FMI isto tanto pode “reflectir a restrição do salário mínimo como a falta efectiva de negociação salarial descentralizada”.

 

Estes resultados continuam a colocar a reforma no mercado de trabalho no topo da agenda de reformas identificado pelo Fundo, mas Subir Lall, o chefe de missão, considera agora que mais importante que o mercado de trabalho pode ser tentar baixar outros custos das empresas, como a energia ou os portos, defende num post publicado hoje no blogue do FMI.

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