O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu na noite de sexta-feira que "o setor privado já fez o ajustamento salarial" e apontou as empresas como solução para "manter a competitividade", afirmando que não acredita em desenvolvimento baseado em salários baixos.

"O sector privado em Portugal já fez ajustamento salarial. E se já fez o ajustamento, se está a começar a absorver o desemprego e está a manter a competitividade das exportações, é preciso sublinhar: nós não acreditamos num modelo de desenvolvimento baseado em salários baixos", disse Paulo Portas.

O também vice-primeiro-ministro, que marcava presença no jantar de tomada de posse da Concelhia CDS/PP do Porto, realizado sexta-feira à noite na Fundação Cupertino Miranda, afirmou que "o CDS acredita na iniciativa privada, nas empresas portuguesas" e reiterou que "aquilo que Portugal mais precisa é de investimento".

"É evidente que um país que há cinco anos tinha 28% do produto em exportações e hoje tem 45% é um país que deve muito às 22.700 empresas exportadoras que garantem centenas de milhares de postos de trabalho", afirmou o governante.

Para Paulo Portas, "a obrigação de um Governo é apoiar as empresas, os produtos e as marcas portuguesas quando lá fora disputam taco a taco com outras empresas a sua capacidade de vender e vender melhor".

O líder do CDS-PP defendeu um "crescimento sustentado nas exportações" e vincou "o facto de os portugueses terem conseguido, passo a passo, suportar estes momentos de austeridade, foi um sinal de maturidade mas também grande responsabilidade para o futuro".

Sobre as eleições Europeias, o líder do CDS-PP destacou a candidatura de Nuno Melo, eurodeputado que acompanhou Portas neste jantar, elogiando-lhe a "combatividade política".

"Nuno Melo será o primeiro da lista. Com Nuno Melo está o melhor do CDS pela sua combatividade política", afirmou.

Estando na cidade do Porto, Paulo Portas não quis deixar de referir a recente conquista do CDS neste concelho.

"O partido assumiu uma decisão corajosa nas eleições autárquicas do Porto [o CDS-PP apoiou a candidatura independente de Rui Moreira, atual presidente da Câmara]. Essa opção, sufragada pela população, revelou-se a opção correcta", disse o líder do CDS-PP.

Portas afirmou que "o Porto é uma cidade que honra o valor do trabalho e valoriza a independência das empresas e isso faz falta a Portugal".

Por fim, o também vice-primeiro-ministro disse que não vai dar "demasiada importância às exigências daqueles que criaram o problema", referindo-se ao PS, e acrescentou que são esses que "não estão assim tão disponíveis para resolver o problema".