Notícia
Passos Coelho: Decisão da Irlanda “só nos pode mobilizar e inspirar”
Para Portugal “regressar plenamente ao mercado, temos de ser bem sucedidos” na conclusão do programa de assistência financeira e “ver o que a Irlanda fez”, afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro português afirmou esta sexta-feira que a decisão da Irlanda prescindir de ajuda para o pós-troika é “importante para a União Europeia e a Zona Euro”, pois será o “primeiro país a sair da assistência económica e financeira com sucesso”.
Mas será também “importante para Portugal”, pois se a Irlanda conseguir ter sucesso, tal deve “inspirar-nos para conseguir o mesmo”.
A decisão da Irlanda “só nos pode mobilizar e inspirar”, afirmou Passos Coelho, acrescentando que “quando temos condições de coesão política, cumprimos o programa e atingimos as metas, é natural que isso gere confiança e credibilidade” para fechar o programa de ajustamento.
Questionado se Portugal também pode no futuro vir a descartar um programa cautelar para o “pós troika”, Passos respondeu que “faremos tudo para chegar ao fim do programa de assistência para voltar plenamente a mercado”.
Recusando avançar cenários para o que Portugal vai decidir, pois estamos a mais de seis meses do fim do programa, Passos afirmou que “se existir consenso e mobilização em torno desse objectivo, então devemos posicionarmos para tomar todas as decisões necessárias para atingir esse objectivo”.
“Se estamos de acordo que é preciso regressar plenamente a mercado, temos que ver o que Irlanda fez”, que “foi cumprir o que estava acordado”.
“A Irlanda reduziu salários, pensões, funcionários públicos”, tomando decisões “difíceis mas importantes para chegar ao fim do programa”. Portugal não pode fazer “de uma maneira diferente”, pelo que “temos de tomar as decisões que nos permitem chegar ao fim” do programa de ajustamento “e atingir esse resultado”.