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José Pena do Amaral: "Os problemas estruturais não começaram com o euro, foram agravados pelo euro"

José Pena do Amaral está contra a saída de Portugal do euro. Explicou que os problemas estruturais da economia nacional não nasceram com a moeda única e que as consequências de uma saída seriam muito graves.

14 de Setembro de 2013 às 19:46
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"Se se souber que Portugal está a negociar a saída do euro, teremos no dia seguinte uma corrida aos depósitos, uma subida exponencial das taxas de juro, terão de ser fechadas as fronteiras, colocar os militares na rua e implementar controlos de capital. Não estou a inventar, isso já aconteceu noutros casos", afirmou José Pena do Amaral, membro da Comissão Executiva do BPI.

 

O banqueiro e ex-jornalista falava na conferência "Portugal Europeu, e agora?", organizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A sua defesa do "não" à saída do euro era contraposta pelo "sim" de João Ferreira do Amaral, com quem estava a debater.

 

"Quem propõe a saída do euro, não sabe como se faz. Em relação às taxas de conversão [da nova moeda], uns acham uma coisa, outros acham outra", acusou Pena do Amaral. "Vivemos um período muito difícil e vamos continuar a viver. Mas os problemas estruturais não começaram com o euro, quanto muito foram agravados pelo euro."

 

O orador sublinhou que as consequências de uma saída portuguesa não se iriam circunscrever ao país, nem sequer apenas à Europa. "A saída de um país do euro implica provavelmente o fim de uma união monetária. No dia em que o princípio da irrevogabilidade das taxas de câmbio desaparecer, desaparece a credibilidade e confiança nessa união monetária", afirmou. "Seria muito provavelmente a desagregação do euro. Recordo que não estamos a falar de uma moeda qualquer. É a segunda maior reserva do mundo. 25% das reservas mundiais são em euros."

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