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Pablo Iglesias: O marxismo "mediocrático"
Pablo Iglesias, o telegénico líder do movimento Podemos, afirmou-se como uma das personagens mais polarizadoras no panorama sociopolítico espanhol. E contribuiu decisivamente para a implosão do bipartidarismo que governa Espanha desde 1978. Os socialistas espanhóis, assim como os gregos, ficaram presos numa encruzilhada que apenas a extrema-esquerda soube cavalgar. O mentor deste projecto é o agregador de vontades Pablo Iglesias que, já enquanto eurodeputado, protagonizou a candidatura da Esquerda Unitária à presidência do Parlamento Europeu. A derrota para Martin Schulz é, para Iglesias, a vitória do "pacto entre os chamados socialistas e a direita, que é o mesmo que governa a Alemanha e a Grécia". Se as eleições fossem hoje, o Podemos, que irá constituir-se como partido já em Outubro, duplicaria a votação alcançada no dia 25 de Maio.
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A tempestade que varreu o sistema partidário espanhol consumou-se nas urnas no passado dia 25 de Maio, com o Podemos a eleger cinco eurodeputados e a garantir 1,2 milhões de votos, representativos de quase 10% dos votantes. Um nome e uma imagem sobressaíram no dia em que o bipartidarismo espanhol sofreu o maior rombo desde 1978. "Yes he can", titulou o The Guardian. Ele é Pablo Iglesias Turrión, activista e agora político, cuja imagem de marca é
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