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Marrocos, a sul: o encanto dos oásis no deserto

Longe do circuito convencional de Casablanca, Marraquexe ou Fez, o sul de Marrocos oferece uma experiência diferente aos viajantes: do verde dos oásis à aridez do deserto.

27 de Maio de 2017 às 15:00
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As casas, com um aspecto inacabado, parecem esculpidas na própria paisagem. Têm a cor do chão e das montanhas, tudo em tons de terracota. Um cenário árido, entrecortado aqui e ali por verdejantes oásis, onde as palmeiras imponentes criam manchas de vida no deserto. Nas ruas cheira a especiarias, a chás exóticos, a areia e a terra aquecidas pelo sol.

É assim Drâa-Tafilalet, no sul de Marrocos, uma região que representa quase 15% de todo o território nacional, e que tem como principais cidades Erfoud, Errachidia, Zagora, Tinghir e Ourzazate. Longe do circuito turístico convencional de Fez, Casablanca ou Marraquexe, as cidades mantêm o encanto de lugares pouco explorados. Mas esse é apenas um dos seus argumentos. Depois…Ah, depois há tantos mais.




Situada no lado este do Atlas – a maior cordilheira do Norte de África – a região que se estende por mais de 88 mil quilómetros quadrados abriga praticamente metade de todos os oásis de Marrocos. É ali que ainda bate o coração da cultura berbere, e onde o contraste entre as montanhas, as palmeiras e as dunas do deserto desenha paisagens de cortar a respiração.

Como as distâncias entre as principais cidades ainda são longas, a melhor forma de visitar a região é alugando um carro. Ou, de preferência, um jipe. Um bom ponto de partida será Errachidia, onde os viajantes não devem perder a oportunidade de visitar o Oulad Chaker Oasis, o maior oásis do país, com uma extensão de 120 quilómetros.



Dali, vale a pena pôr-se à estrada até Tinghir, deixar-se "engolir" pelas majestosas gargantas de Todgha e conhecer um dos Ksours (plural de Ksar) da região. Um ksar é uma aldeia fortificada, edificada originalmente como uma fortaleza comunitária para as populações. Hoje, os ksours ainda são o tipo de aglomerado populacional mais frequente no sul do país e um elemento tradicional da arquitectura da região.

As dunas de Merzouga, a poucos quilómetros da fronteira com a Argélia, são outro dos pontos a não perder. Aqui, já estamos no deserto, e tudo o que vemos são dunas moldadas pelo vento. Vale a pena chegar ao final da tarde e "pegar" num dromedário para dar uma volta nas dunas. Dependendo do número de pessoas e da altura do ano, a "viagem" custa entre 15 e 25 euros.

Uns quilómetros para sul ficam as dunas de Tinfou, onde vários acampamentos permitem ao viajante pernoitar no deserto. Ali, os quartos dão lugar a tendas tradicionais – os chamados "bivouac"- e o lobby a uma sala de estar improvisada com almofadas e tapeçarias coloridas, onde o serão se faz de música tradicional, tendo como único tecto um céu estrelado que não tem igual. É verdade, pode não ser uma estadia de luxo, mas é uma experiência inesquecível. As noites são animadas, mas vale a pena acordar cedo para assistir ao nascer do sol. Ver as primeiras cores da manhã a surgirem por detrás das dunas compensa, definitivamente, o défice de sono.



A cidade de Ourzazate, que serviu de cenário a dezenas de filmes como o Gladiador, Ben Hur e Babel, é um ponto imperdível, conhecido pelos estúdios de cinema à Hollywood. Perca-se nas ruas, visite os mercados e experimente as típicas tagines de borrego e os chás de menta. Não se vai arrepender da experiência. Como se ouve por ali, Insha'Allah.

Como ir

A melhor forma de visitar a região é voar para Casablanca ou Marraquexe, na TAP ou na Royal Air Maroc (RAM) e daí apanhar um voo para Errachidia ou Ouarzazate – a companhia aérea marroquina assegura ligações internas entre os 18 aeroportos existentes no país. Numa dessas cidades, alugue um carro para se deslocar entre os vários pontos de interesse na região.


Moeda e língua

Em Marrocos, as línguas oficiais são o árabe e o berbere. A moeda é o dirham que, nesta altura, equivale a cerca de 0,09 euros. Consulte sempre o câmbio actual. 


A jornalista viajou a convite do Turismo de Marrocos
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