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Diamantes: O brilho que enfeitiça e promete a eternidade

Os diamantes não são eternos e até podem ser produzidos industrialmente. Mas estas pedras foscas, talhadas pelas forças mais violentas da Terra, transformam-se em joias rutilantes depois de lapidados e enfeitiçam os humanos há milénios. Este mês ficámos ainda a saber que os melhores amigos das mulheres também se formam no espaço.
Luís Francisco 01 de Outubro de 2022 às 11:00

A notícia foi divulgada no início da semana passada: cientistas comprovaram a existência de um novo tipo de diamante, a lonsdaleíte, que se forma no espaço e é ainda mais forte do que os que ocorrem na Terra. A partir de fragmentos de um meteoro, o novo mineral foi identificado e o seu estudo comprova que o processo que o formou pode ser replicado industrialmente. Num mundo que funciona a cifrões, esta até pode ser a notícia mais impactante, mas há algo não contabilizável, instintivo, na longa e apaixonante história destas pedras preciosas com as quais os humanos mantêm uma relação de fascínio quase reverencial.

 

O diamante do espaço traz novas fronteiras às indústrias de corte e perfuração – em vez de cúbica, como nos diamantes terrestres, a lonsdaleíte cristaliza de forma hexagonal e essa diferença pode garantir até 58 por cento de ganhos na dureza do material. Os australianos Andy Tomkins e Alan Salek, cujo trabalho foi publicado a 12 de setembro na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", descobriram esta estranha pedra "dobrada" num meteorito recolhido no Noroeste de África. Terá sido formada no manto de um planeta anão que sofreu, algures no espaço exterior, uma colisão catastrófica com um asteroide, há 4,5 mil milhões de anos.

 

Pelo menos desde 1967, quando foi apercebida pela primeira vez, que a lonsdaleíte estava "no radar" dos geólogos, mas as dimensões minúsculas dos fragmentos estudados durante décadas (1 a 2 nanómetros – um nanómetro corresponde a um milionésimo de milímetro) não permitiam chegar a grandes conclusões, recorda a CNN. A amostra estudada por Tomkins e Salek era mil vezes maior e permitiu, de uma vez por todas, afirmar que se trata de um novo mineral, não de um diamante anormal.

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