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Holding de príncipe multimilionário afunda após onda de detenções

A bolsa saudita fechou em alta depois do príncipe herdeiro ter ordenado a detenção de 11 príncipes, a par de alguns dos homens mais ricos do país e de uma série de ex-ministros, por alegados crimes de corrupção.

Alwaleed bin Talal é um dos homens mais ricos da Arábia Saudita. Bloomberg
06 de Novembro de 2017 às 16:47
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Os títulos do grupo Kingdom detido pelo príncipe Alwaleed Bin Talal, o mais famoso investidor saudita, e um dos detidos na operação deste fim-de-semana, estão a sofrer fortes perdas na bolsa da Arábia Saudita.

Alwaleed é um dos maiores investidores globais (e um dos homens mais ricos do Médio Oriente), com participações em diversos sectores e empresas, em que se incluem Citigroup, Apple, 21st Century Fox, Twitter, News Corporation de Rupert Murdoch, cadeia hoteleira Four Seasons e, mais recentemente, na Lyft. A holding a que preside - Kingdom Holding Company - caiu 7,6% na sessão de domingo, depois de terem estado a perder 15% e 5,26% na sessão desta segunda-feira.

A operação anti-corrupção ordenada pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, levou à prisão este fim-de-semana uma dezena de príncipes e pelo menos quatro ministros.

Já a bolsa saudita depois de muita volatilidade fechou hoje perto da linha de água, mas a valorizar 0,09% ontem - a Riade mantém-se aberta aos domingos (fecha à sexta e ao sábado) esteve a perder ontem perto de 2%, mas encerrou a subir 0,32%.

Os títulos da banca compensaram as quedas da Al Tayyar Travel, a companhia de viagens cujo valor afundou 10% logo após ter sido revelado que o fundador estava entre os detidos e dos títulos do grupo Kingdom detido pelo príncipe Alwaleed Bin Talal.


O ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed Al-Jadaan ,tentou ontem transmitir confiança aos investidores. Em declarações ao ao canal de televisão estatal Al Arabiya, citadas pela Reuters, o governante afirmou que estas detenções de altas figuras do país reforçam "a confiança na justiça" daquele país" e defendeu que " não alteram o clima de investimento".

Estas detenções estão a ter efeitos no preço do petróleo que está a negociar em máximos de Julho de 2015 nos mercados internacionais, neste mercado as detenções estão a ser encaradas como uma consolidação do poder do príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, que defende um prolongamento dos cortes na produção desta matéria-prima, e que ordenou estas prisões.

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