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CEO do JPMorgan avisa: Preparem-se para yields de 4% nos EUA

Jamie Dimon acredita que a Fed poderá acelerar a subida dos juros nos Estados Unidos, o que deverá levar a yield associada às obrigações do Tesouro a dez anos para os 4%.

1 – Jamie Dimon. O CEO do JPMorgan obteve um rendimento de 27,6 milhões de dólares em 2015, acima dos 20,2 milhões de dólares em 2014, ano em que estava em terceiro lugar.
reuters, bloomberg
08 de Maio de 2018 às 11:32
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O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, acredita que o crescimento económico e a inflação nos Estados Unidos vão acelerar o suficiente para levar a Reserva Federal norte-americana a subir mais os juros do que aquilo que se antecipa.

Por isso mesmo, Dimon avisa que será inteligente as pessoas estarem preparadas para um aumento dos juros da dívida dos Estados Unidos a dez anos para os 4%.  

"A taxa a dez anos deverá subir" se a Fed subir mais os juros do que o esperado, afirmou o CEO do banco de investimento em entrevista à Bloomberg. "Podemos ter juros de 4% nas obrigações a dez anos, e penso que as pessoas devem estar preparadas para isso".

Desde que os juros subam porque a economia dos Estados Unidos está em boa forma, esse movimento representa, na verdade, uma "normalização", acrescentou Dimon.

Com a Reserva Federal a reduzir o seu balanço e o governo a aumentar o seu endividamento, os Estados Unidos vão ter de financiar, até ao final do ano, "400 mil milhões de dólares por trimestre – é muito, e uma mudança gigantesca em relação ao passado", notou Dimon.

Juntamente com os cortes na compra de obrigações por parte dos outros bancos centrais, "isso pode provocar mais volatilidade, e juros mais altos de uma forma que não entendemos totalmente" dado que a saída de um programa de compra de activos (quantitative easing) é uma coisa sem precedentes, acrescentou.

"Nunca tivemos QE, nunca tivemos reversão", sublinhou o responsável.

As declarações de Jamie Dimon surgem numa semana em que os Estados Unidos vão emitir 73 mil milhões de dólares em dívida, para fazer face ao aumento do défice.

A subida da inflação e as perspectivas de uma normalização dos juros da Fed têm contribuído para a subida das ‘yields’ associadas às obrigações do Tesouro norte-americano. No prazo a dez anos superaram os 3% no dia 24 de Abril pela primeira vez desde Janeiro de 2014. Em Julho de 2016 atingiram um mínimo de 1,3180%.

Nesta altura, os juros a dez anos estão inalterados em 2,9498%.


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