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UE atribui 117 milhões de euros para restaurar oceanos até 2030

Projetos transacionais vão incidir na proteção e restauro da biodiversidade, redução da poluição e apoiar a economia azul sustentável. Portugal participa em seis destes projetos.

Sónia Santos Dias 22 de Fevereiro de 2023 às 09:05
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A União Europeia (UE) vai financiar, com 117 milhões de euros, 20 projetos transnacionais que têm por objetivo restaurar os oceanos e restantes águas.

O financiamento provém do programa da UE para a investigação e inovação, Horizonte Europa, e vai contribuir para a Missão da UE 'Restaurar o nosso Oceano e as nossas Águas'.

"Esta missão é urgente. Preservar e restaurar a saúde dos nossos oceanos e águas é preservar a nossa vida e toda a vida neste planeta. É unindo os nossos esforços que iremos regenerar os habitats marinhos, trazer de volta as populações de peixes e tornar a nossa economia azul mais sustentável", referiu Virginijus Sinkevicius, comissário para o Ambiente, Oceanos e Pescas, em comunicado.

Portugal participa em seis destes projetos, que reúnem 297 parceiros de 39 países, a maioria estados-membros da UE. Participa, nomeadamente no Climarest, que vai desenvolver diretrizes para a restauração dos ecossistemas e para aumentar a resiliência climática nas comunidades costeiras. O projeto vai desenvolver cenários de restauração baseados na natureza, que vão desde Svalbard, na Noruega, até ao arquipélago da Madeira.

Participa e coordena, através da Universidade de Aveiro, no projeto A-AAgora, que se foca em soluções baseadas na natureza, incluindo reflorestação azul, para aumentar a resiliência às alterações climáticas e mitigar os seus impactos nas comunidades costeiras.

Integra o projeto Ultrafarms, que pretende levar à aquacultura novas técnicas e engenharia e processos biológicos para otimizar a produção em condições offshore, de baixa salinidade, e a sua integração em parques eólicos offshore. O projeto vai desenvolver vários pilotos para testar soluções de aquicultura marinha de baixo impacto e utilização polivalente do espaço marinho.

Participa também no EDITO-Model Lab, que irá preparar a próxima geração de modelos oceânicos, para ser integrado na infraestrutura pública da UE, Oceano Gémeo Digital Europeu (EDITO), que garantirá o acesso a dados e a instalações informáticas de alto desempenho e distribuídas.

Já o OTTERS visa promover iniciativas de sucesso de ciência cidadã nos domínios marinhos e de água doce. O projeto vai criar normas na recolha de dados, assegurando o cumprimento de todas as normas éticas e legais. Os dados gerados pelos cidadãos serão ligados a outros projetos e portais financiados pela UE.

Portugal participa também no BlueMissionAAA, o centro de coordenação que irá apoiar a implementação da missão ‘Restaurar o nosso Oceano e as nossas Águas’, até 2030, nas bacias atlânticas e árticas. Este projeto terá um efeito estruturante para consolidar e mobilizar uma vasta comunidade de intervenientes e cidadãos da UE para a realização dos objetivos da missão. Este projeto é coordenado em Portugal, pelo Centro de Desenvolvimento do Atlântico Internacional (AIR Centre).

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