Opinião
Trump, a nova revolução e o choque cultural que aí vem
A 20 de Janeiro, a Europa (ou uma esmagadora parte dela) despede-se com saudade de Barack Obama e recebe com desconfiança Donald Trump. E paira no ar a ameaça de uma desordem económica mundial.
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Martin Wolf, no Financial Times, sustenta que Obama "resgatou a economia americana e deixou como legado alicerces sólidos para o seu sucessor trabalhar". O problema, acrescenta, é que "cometeu um grande erro: não fez tudo para punir aqueles cujas más condutas e irresponsabilidade fizeram explodir o sistema financeiro e a economia". Ora, segundo Martin Wolf, "esse sentimento de injustiça é uma das razões pelas quais os EUA elegeram a equipa de demolição que está prestes a tomar posse. Obama não conseguiu canalizar a raiva. Trump, infelizmente, consegue."
No El País, Nicolás Hernando de Larramendi perspectiva o que aí vem. "Criou-se um novo conflito ideológico entre os dois lados do Atlântico, em que se defrontam os defensores de sociedades abertas ao mundo e aqueles que pugnam por sociedades fechadas, proteccionistas e em muitos casos contrárias à diversidade cultural." O choque cultural parece inevitável.
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