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Trump, a nova revolução e o choque cultural que aí vem

A 20 de Janeiro, a Europa (ou uma esmagadora parte dela) despede-se com saudade de Barack Obama e recebe com desconfiança Donald Trump. E paira no ar a ameaça de uma desordem económica mundial.

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Martin Wolf, no Financial Times, sustenta que Obama "resgatou a economia americana e deixou como legado alicerces sólidos para o seu sucessor trabalhar". O problema, acrescenta, é que "cometeu um grande erro: não fez tudo para punir aqueles cujas más condutas e irresponsabilidade fizeram explodir o sistema financeiro e a economia". Ora, segundo Martin Wolf, "esse sentimento de injustiça é uma das razões pelas quais os EUA elegeram a equipa de demolição que está prestes a tomar posse. Obama não conseguiu canalizar a raiva. Trump, infelizmente, consegue."

No site espanhol CTXT, Marcos Reguera recorre a Richard B. Spencer, intelectual da extrema-direita dos EUA, para explicar o que aí vem. "Spencer comparou Trump a Napoleão. Napoleão tomou oportunisticamennte o poder quando as partes em conflito na Revolução Francesa se destruíram entre si, corporizando na sua figura uma visão autoritária da revolução. Trump nasce das cinzas do Partido Republicano para corporizar uma visão mais autoritária do 'American Dream' quando este parece ferido de morte. Napoleão exportou o modelo da Revolução Francesa para toda a Europa. Será que Trump irá exportar uma nova revolução conservadora?", questiona Reguera.

No El País, Nicolás Hernando de Larramendi perspectiva o que aí vem. "Criou-se um novo conflito ideológico entre os dois lados do Atlântico, em que se defrontam os defensores de sociedades abertas ao mundo e aqueles que pugnam por sociedades fechadas, proteccionistas e em muitos casos contrárias à diversidade cultural." O choque cultural parece inevitável.



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