Opinião
Temos mais um presidenciável em França. Poderá ganhar?
Com 58% de votos nas primárias, Benoît Hamon vai ser o candidato oficial do Partido Socialista Francês às presidenciais.
É uma tarefa titânica, já que surge nas sondagens atrás de Marine Le Pen, de François Fillon (muito desgastado pelos escândalos que estão a ser noticiados sobre os "empregos" de familiares) e Emmanuel Macron. Hamon (favorável ao rendimento mínimo universal, à legalização da canábis e ao investimento nas energias renováveis) era considerado o elemento mais à esquerda de quantos se candidataram para ser o eleito do PS. Demitiu-se de ministro da Educação de François Hollande em Agosto de 2014 porque considerou que este tinha abandonado a "agenda socialista". Resta agora saber que espaço garantirá à esquerda entre Emmanuel Macron e Jean-Luc Mélenchon. São três esquerdas que parecem irreconciliáveis. No meio fica Manuel Valls que, apesar de ter perdido, parece reservar-se para outros voos. Após a vitória, Benoît Hamon deixou no ar um aviso sério: "Cabe a vocês decidir que povo desejam ser."
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