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O tempo do Brexit. E o que vem a seguir

E pronto. O Reino Unido mandou a célebre carta para Bruxelas. E o Brexit vai concretizar-se a curto e a médio prazo. Vão ser negociações duras e longas.

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Simon Jenkins, no Guardian, escreve: "Reparem que a intenção de saída da Grã-Bretanha da União Europeia foi simbólica. A carta seguiu para Bruxelas por correio-caracol. Independentemente do que os defensores do Brexit disserem, os britânicos estão a sair hesitantes, nervosos e divididos. Como antes na História estão a virar as costas a outra grande tentativa grandiosa para unir a Europa num espaço político único. No passado, desafiaram essas ideias com guerras. Desta vez, e ainda bem, um referendo foi suficiente. Mas uma relação acabou. A geografia política da Europa mudou. (...) Os negócios odeiam incertezas. Precisam de acordos. É por isso que há uma pressão imperativa para um acordo rápido sobre os residentes da UE, os trabalhadores emigrantes e as transferências financeiras."

No Independent, Paddy Ashdown avança: "Embarcámos numa aventura que espantará os historiadores futuros como o mais espantoso exemplo na História moderna de um país cometer um acto monumental de fazer mal a si próprio mesmo estando em poder das suas faculdades. É possível parar esta loucura e manter a Grã-Bretanha dentro do mercado único. Ainda é possível aos britânicos continuarem na UE. A democracia não acabou no dia 23 de Junho de 2016, nem acabou hoje." No Daily Telegraph, o ministro Boris Johnson está radiante: "Agora é tempo de regressar à Grã-Bretanha e de sermos globais. Estamos numa missão para criar novas amizades, para repor velhas relações e procurar novas oportunidades comerciais, tal como este país fez durante centenas de anos." Ou seja, o Brexit avança, mas o Reino Unido está dividido sobre o presente e, sobretudo, sobre o futuro.



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