Opinião
Auf wiedersehen, Herr Schäuble
A notícia ecoou por toda a Europa e não só. Wolfgang Schäuble, o todo-poderoso ministro das Finanças da Alemanha, não fará parte do próximo Governo de Angela Merkel.
Schäuble será presidente do Bundestag, e formalmente será a segunda figura do Estado alemão, apenas abaixo do Presidente Frank-Walter Steinmeier e acima da própria Merkel. No entanto, a verdade é bem diferente. O poder será necessariamente menor, para alguém que, ao longo dos últimos oito anos, teve mais poder do que muitos chefes de Estado da Europa.
Birgit Jennen assina, a três, a análise ao tema na Bloomberg . Sendo inegável que a sua saída "marca uma viragem" para a própria Merkel, defende, é preciso esperar para ver o que mudará na política e na estratégia alemã, que pode não ser muito. "A emergência dos democratas livres como potenciais parceiros de coligação com Merkel, com os olhos no posto das Finanças, significa que é improvável uma mudança significativa de política", diz a Bloomberg.
Na edição europeia do Politico, Pierre Briançon analisa em cinco pontos o discurso de Emmanuel Macron na Sorbonne sobre o futuro da União. Destacando, naturalmente, a ligação entre França e a Alemanha. Perante a indefinição em Berlim, Macron foi, de certa forma, minimalista, apostando em sugestões que poderão ser desenvolvidas em conjunto com a Alemanha, mais tarde. "Para Macron, a participação da Alemanha na sua visão da Europa parece ser mais importante, para já, do que a concordância desta com os seus planos para a Zona Euro", defende Briançon.
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