Opinião
O suicídio da política
Os partidos tradicionais, que tanto vilipendiam os populistas e os responsabilizam pela degradação do sistema de representação democrática, acabam por fazer exatamente o mesmo. Deixam-se ir pela onda do mediatismo e acabam por utilizar premissas semelhantes. Pretendem obter o reconhecimento dos potenciais eleitores de uma forma errada, atraídos pelo poder temporário e ilusório dos “soundbytes”.
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Convencionou-se denominar os partidos de extrema-esquerda e extrema-direita de populistas na medida em que oferecem soluções rápidas para problemas complexos, ou seja, seduzem através de uma impossibilidade.
A estratégia não é nova, mas ganhou cores novas e facilidade de propagação com as redes sociais. É a teoria do fósforo no palheiro em todo o seu esplendor.
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