Opinião
A intolerância não tem cor
Em 1961, António Gedeão escreveu este poema: “Encontrei uma preta/que estava a chorar,/pedi-lhe uma lágrima/para a analisar.(…)/nem sinais de negro/nem vestígios de ódio./ Água (quase tudo)/e cloreto de sódio.” Se fosse hoje, o poeta poderia ser questionado, em função da sua cor da pele e género, na legitimidade do seu sentir.
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Da Holanda chega uma história que ilustra os perigos do higienismo moral e da sua arrepiante natureza ditatorial. O caso conta-se em poucas palavras. A escritora Marieke Lucas Rijneveld foi convidada por uma editora para traduzir o poema lido por Amanda Gorman na tomada de posse de Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos.