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As finais quê?

As finais jogam-se ou ganham-se? A questão tornou-se um dos dilemas filosóficos do futebol português.

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Foi Jorge Jesus a pôr em causa o axioma de que o jogo derradeiro é para vencer. "As finais jogam-se", disse o treinador do Benfica, a propósito também de uma competição europeia, a Liga Europa, para salientar o mérito de chegar ao jogo derradeiro onde, como é sabido, o desfecho é incerto e amiúde caprichoso.

Ficou dado o mote para todo um debate. José Mourinho rematou após a final contra o Chelsea, que JJ perdeu, que "as finais não se jogam, ganham-se". Afirmação que terá ajudado a inquinar uma relação que fora até aí cordata entre os dois treinadores.

Há variantes neste despique sobre a natureza que deve assumir o epílogo de uma grande competição. "As finais jogam-se para vencer", dizia Vítor Pereira quando estava no FC Porto, em jeito de síntese dialéctica.

Fernando Santos é adepto do "vamos jogar a final para ganhar, porque as finais não se jogam, ganham-se". Tendo em conta o insucesso que JJ tem revelado nas noites decisivas na Europa, parece avisado apostar na ideia que a final de Paris é para ganhar. É o que conta para a história. 

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