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Foi um gosto!

Foram 15 anos em que tive o enorme privilégio desta relação consigo no Negócios, os últimos três anos e cinco meses como diretor. Foi um gosto! Agora, junto-me a si.

Caro leitor. Sendo certo que é para si que sempre escrevo, é a primeira vez que escrevo sobre si. O título provavelmente já o elucidou sobre o motivo desta mudança de termos: este é o meu último editorial enquanto diretor do Negócios.

Somos, graças à sua preferência e confiança, o título de informação económica de referência em Portugal, o único com uma edição diária em papel e líder destacado na audiência digital, repetidamente premiado. Temos a força própria das instituições fortes: os líderes mudam e elas perduram.

Essa força vem da sua extraordinária equipa, que todos os dias sua a camisola para lhe levar informação atual, rigorosa, atempada. E de todas as outras equipas dentro do grupo a que pertence o Negócios que não assinam peças, não têm fotos nos artigos, mas dão um contributo fundamental para o trabalho que fazemos.

Sei que sentiu as dificuldades que a implosão do modelo de negócio tradicional dos media nos colocou, mas viu como agarrámos as oportunidades da revolução digital, modernizando o nosso site e reforçando a aposta nas assinaturas digitais, que com o seu contributo cresceram nos últimos anos.

Além de leitor, tem sido também nosso parceiro nas iniciativas a que demos vida, muitas delas com um propósito transformador, premiando a excelência em domínios tão diferentes como a saúde, a internacionalização das empresas ou a sustentabilidade. Através delas, contribuímos para o esclarecimento, fazemos o debate de ideias, incentivamos a mudança.

Sei que acredita no jornalismo e no seu papel insubstituível na garantia de uma sociedade mais livre e democrática. Sei que acredita nos factos, na importância do escrutínio, da pluralidade, da isenção. Se dúvidas houvesse, a pandemia comprovou-o. Porque as nossas audiências no digital nunca foram tão amplas, sei que vê no Negócios um exemplo desse jornalismo.

Sei também que tem consciência de que a profissão nunca esteve tão ameaçada. Num tempo em que tanto se fala, e bem, de desenvolvimento sustentável, esquece-se a importância que uma comunicação social livre e robusta tem para o alcançar. A boa informação, as perguntas incómodas, o contraste de opiniões, são essenciais para sociedades melhores. O último bastião é você, caro leitor. Tenho um apelo a fazer-lhe: não circule PDF dos jornais em grupos de WhatsApp e, se puder, assine uma publicação.

Foram 15 anos em que tive o enorme privilégio desta relação consigo no Negócios, os últimos três anos e cinco meses como diretor. Foi um gosto! Agora, junto-me a si.

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