Opinião
15 de Novembro de 2017 às 10:21
Saúde: um valor consensual
Saúde. Muitas vezes a resposta à pergunta sobre o que mais se deseja para o futuro. Saúde é o que mais importa e aquilo que permite que a vida continue dentro da sua normal rotina e busca de felicidade. Como atribuir um valor para a saúde então?
Todos somos potenciais doentes e, quando adoecemos ou quando alguém próximo de nós adoece, todos queremos o melhor tratamento possível. Ter opção de escolha, ter tratamentos melhores face ao passado, é fruto da inovação. São inegáveis os contributos que a inovação trouxe para a melhoria da saúde e dos cuidados de saúde. Basta pensarmos que hoje a infecção pelo VIH já não é uma sentença de morte, que doenças como o sarampo ou a tuberculose estão controladas e a varíola totalmente erradicada. O mesmo se aplica ao cancro em que, fruto da inovação, as taxas de sobrevivência têm aumentado significativamente, chegando a duplicar ou triplicar. Por exemplo, nos anos 70, a taxa de sobrevivência a 10 anos era de 25%, devendo subir para 75% em 2030. Ou seja, a inovação traz ganhos em saúde e, naturalmente, isso significa também necessidade de investimento. Esse investimento pode ser em recursos humanos, em novos processos ou em tempo para decidir sobre estratégias para a saúde das populações. E nelas se deve centrar toda a reflexão e acção em saúde: nas populações, nos cidadãos. É fundamental encontrar soluções que assegurem que cada doente, cada cidadão, recebe cuidados de excelência e que garantem os melhores resultados clínicos. Quando falamos em resultados em saúde, falamos em valor, valor para o doente (ex.: o que o doente privilegia como importante alcançar após determinado ciclo de tratamentos), valor para o sistema de saúde, que aqui se pode entender como alcançar a excelência enquanto se poupa, o que se traduz em qualidade.
Adopção da inovação com valor
A Janssen, enquanto companhia farmacêutica pertencente a um dos maiores grupos de cuidados de saúde, a Johnson & Johnson, defende um modelo de cuidados de saúde baseado em resultados que privilegiem o valor para o doente. Para que tudo isto funcione é preciso não só "meter mãos à obra", mas também medir. É preciso passar para uma lógica de avaliação e incentivo para os prestadores que apresentam melhores resultados, o que gerará um aumento da adopção da inovação que verdadeiramente aporte valor. No meio desta equação estaremos a ouvir os doentes e a privilegiar aquilo que é considerado valor para o doente em determinada situação e estaremos a contribuir para a sustentabilidade do sistema. Muitas vezes esta noção de valor vai variar entre médico e doente ou entre doente e autoridades competentes ou entre médicos e autoridades competentes. No final do dia, é preciso perceber aquilo que o doente considera importante: que pode ser tão simples conseguir apertar um botão depois de uma cirurgia à mão ou retomar a vida laboral rapidamente. Esse é um passo fundamental: definir o que são resultados em saúde relevantes para a sociedade e para o indivíduo. Depois é preciso medir o resultado e ir registando e adaptando os procedimentos em função daquilo que mais beneficia os doentes. Podem ser novos tratamentos. Novas rotinas. Mais investigação. Inovação.
Portugal, a par com muitos outros países europeus, sabe que este é o caminho a seguir. Actualmente já vamos vendo exemplos encorajadores de prestadores que aplicam a lógica dos resultados em saúde. Mas ainda há muito por fazer. É preciso fazer acontecer. É preciso agir e que cada um faça a sua parte. E, já agora, que estas acções tragam valor.
Adopção da inovação com valor
Portugal, a par com muitos outros países europeus, sabe que este é o caminho a seguir. Actualmente já vamos vendo exemplos encorajadores de prestadores que aplicam a lógica dos resultados em saúde. Mas ainda há muito por fazer. É preciso fazer acontecer. É preciso agir e que cada um faça a sua parte. E, já agora, que estas acções tragam valor.
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