Este é o cenário que enfrentam os dois políticos que querem sentar-se no Eliseu nos próximos sete anos. Qualquer um deles diz ter, como se viu no debate desta semana (onde Ségolène Royal, embora trapalhona, esteve muito bem?), soluções para estes problemas. Estes e outros, como a gravíssima perda de competitividade da economia.

Não cabe aqui fazer previsões para domingo. Embora a minha preferência vá para Nicolas Sarcozy, que teve a coragem de dizer aos franceses que trabalham pouco e que esse é um dos principais problemas do país (nesse aspecto foi mais honesto do que Ségolène Royal, que insistiu no lirismo da semana das 35 horas).

Mas há duas estatísticas que fazem duvidar de grandes reformas nos próximos sete anos, mesmo que seja Sarcozy o vencedor (o que não é nada claro): quase 50% dos deputados à Assemblée nationale vieram do funcionalismo público; há cinco milhões de pessoas, quase 25% da população, que trabalha para o Estado, (quatro vezes mais do que há 25 anos). Preocupante!