Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Opinião
05 de Março de 2008 às 13:59

Quem o viu e quem o vê

Um segurança foi mortalmente esfaqueado no Centro Comercial Colombo; o jovem baleado no Oeiras Parque acabou por morrer; uma testemunha da onda de violência no Porto morreu ao volante do seu automóvel, um Ferrari. Eis o caldo ideal para alarmar o povo e a

  • ...

Apesar dos factos descritos serem posteriores à sua última exaltação, o caldo vem de trás. E alguém ouviu Portas indignar-se e pedir mais polícia contra a insegurança? Não, Portas foi ao tapete, ofendido com quem lhe respondeu à letra, atingindo-o na sua alva dentuça com um trocadilho de leitura fácil. O autor do feito chama-se Jaime Silva e reagiu à denúncia da prática de uma “política de calote” com alusões a processos de branqueamento. Devemos entender a indignação de Paulo Portas. Mas quem se julga Jaime Silva, além de uma espécie de verbo-de-encher no índex de Portas?. Se outros levaram e calaram (lembram-se da gordura de Francisco Lucas Pires ou da manta de João de Deus Pinheiro?), por que razão o ministro Silva não está obrigado ao “come e cala”?. Pois é: desta vez foi Paulo Portas quem levou pela medida, num justo mergulho no mundo de sentimentos comuns. Agora, é ele quem se sente vítima. Resta-lhe o recurso aos tribunais.

P.S. Manifestação combate-se com manifestação – faz mal o PS em seguir esta linha. O “grande comício nacional” agendado para o Porto é uma prova de fraqueza.

Ver comentários
Mais artigos do Autor
Ver mais
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio