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Quanto mais tem, mais o Estado gasta. E mal…

Um empreiteiro decidiu arrancar a pedra com que calcetara uma rua em Beja porque o município não pagou.

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Um empreiteiro decidiu arrancar a pedra com que calcetara uma rua em Beja porque o município não pagou. Macário Correia diz que há municípios que utilizam as receitas da água para pagar salários. Em Santa Catarina, concelho das Caldas da Rainha, a autarquia não consegue custear as despesas de manutenção da piscina municipal. Pormenor: a piscina serve apenas 3 mil habitantes… que poderiam utilizar a piscina da Benedita, a escassos sete quilómetros dali. Na Madeira, verbas destinadas à reconstrução dos estragos da tempestade de 2010 acabaram a custear despesas de funcionamento.

O que é estas situações têm em comum? Má gestão. No planeamento de investimentos (piscinas para 3 mil habitantes é má gestão, tal como contratar o calcetamento de uma rua e não pagar); e na gestão de receitas e despesas (salários são despesa que se repete todos os meses: tem de haver dinheiro para os pagar). E não se pense que estes desmandos são exclusivos de autarquias e regiões autónomas: o Estado central gasta o que tem e o que não tem (v.g. as despesas com carros do Ministério da Economia…).

Tudo somado, isto significa que quem gere o Estado não sabe que o dinheiro é recurso escasso. E que, por isso, tem de fazer opções: se gasta dinheiro em obras faraónicas, falta dinheiro para outras coisas. Salários, por exemplo…

Mas estes casos ensinam outra lição: a culpa é de quem cede ao choradinho de autarcas e gestores da res publica. Ou seja, todos nós. Se eles não nadassem em dinheiro, não tinham vícios. Da próxima vez que ouvir um político gritar que não tem dinheiro mande-o dar uma volta. E lembre-lhe que os sacrifícios são para todos.



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