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06 de Dezembro de 2012 às 14:03

Oscar Niemeyer, por André Jordan

Conheci Oscar Niemeyer no princípio dos anos 50, quando a empresa do meu pai o contratou para projectar o Edifício Gloria-Mar, na Praia do Russel, que fica em frente à Baia de Guanabara.

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Acompanhei a elaboração do projecto que tinha a novidade de apartamentos duplex T2. 

Conheci no estúdio o Arq. Hélio Uchoa, seu principal colaborador, que ficou sendo um dos meus melhores amigos e com quem compartilhei encantadores fins-de-semana, na sua casa no Canal de Cabo Frio, aonde Hélio e a sua mulher Lola recebiam com informalidade pessoas interessantes e divertidas. 

Oscar Niemeyer, o maior artista plástico da arquitectura contemporânea, cujas belas formas das suas obras têm sido cantadas em prosa e verso, era um homem de grande simplicidade, um ser humano generoso, amável e com excelente sentido de humor. Gostava de ficar sentado na esplanada de um dos bares da orla com os seus amigos, tomando cerveja, fumando um cigarro e observando as meninas bonitas. 

Foi-lhe dado, a ele e ao Arq. Lúcio Costa, pelo Presidente Juscelino Kubitschek, a maior oportunidade criativa para um arquitecto no século passado.

Se bem que a solução urbanística de Brasília, da autoria de Lúcio Costa e inspirado em Le Corbusier, possa ser discutida, a colecção de edifícios de Oscar Niemeyer não decepcionou e estará sempre no panteão das grandes e mais belas obras da humanidade. 

Fiel às amizades e às suas convicções, podemos afirmar que Niemeyer foi o primeiro brasileiro universal.

 

 

 

 

 

 

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