Pé ante pé, o projecto do sr. José Veiga aproxima-se do seu objectivo. A sua banda sonora poderia ser a dos desenhos animados da sra. Pantera Cor-de-Rosa. Como se desfilasse numa “passerelle”, o sr. Veiga, vestido pelo estilista sr. Luís Filipe Vieira, prepara-se para marcar as tendências da moda benfiquista para os próximos anos.

Com ou sem o sr. Camacho, de preferência sem este. Com ou sem jogadores das escolas do Benfica e fundamentalmente com compras de uns craques dispensáveis e a venda de uns jovens valores, para rentabilizar os “activos”, como agora se diz para tirar o tapete debaixo dos pés de quem não está distraído.

O concurso de tiro aos pratos, ou aos patos, que se está a tornar a estratégia do Benfica deste início do século XXI é um dos maiores vexames da história do clube. Tudo em nome de um “projecto” que ainda ninguém percebeu qual é.

O sr. Vieira e o sr. Veiga preparam-se para ser o sr. Contente e o sr. Feliz do futebol português. O sr. Veiga compra e vende jogadores, o sr. Vieira diz que sim e o treinador coloca-os em campo sem mais questões. Tudo aparentemente simples, tudo verdadeiramente uma festa.

Um dos princípios do sr. Veiga é blindar o balneário. É uma ideia benemérita. O balneário da Luz deve ter paredes parecidas com queijo suíço. Mas há um problema: as paredes de muitos directores do Benfica nem sequer existem.

O sr. Veiga quer mandar no futebol tornando o departamento numa espécie de Forte Knox, ou mais modestamente, em algo semelhante ao forte do Tio Patinhas.

Isto é: a facturação vai ser a estratégia vencedora do clube. Continua sem se entender é se o Benfica vai ter mais um director para comprar jogadores ao sr. Alexandre Pinto da Costa, se vai ter mais um director para vender as “jóias” do clube, ou se simplesmente vai ter mais um director para que alguém assuma o fecho da porta do clube.

O último a sair que apague a Luz.