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O sorriso utópico

Enquanto o PSD vislumbrou nos círculos uninominais a solução para a crise do regime, há quem recorde que foi isso que destruiu a monarquia constitucional. Os deputados não defendiam os seus eleitores: eram bandeirantes dos interesses que lhes garantiam os

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Os círculos uninominais do PSD são uma versão «trendy» dos dirigentes do futebol que dirigem municípios com base nas benesses que garantem para a autarquia: um pavilhão desportivo, um clube na Liga principal, três frigoríficos por pessoa e uma rotunda com o seu nome. Não são os círculos uninominais ou as quotas femininas que regeneram este desértico regime que assiste ao fecho da Opel da Azambuja sem perceber o que está em jogo. Portugal deixou de ser um paraíso para as multinacionais. Os políticos não entendem que estratégia devem seguir para, no contexto da globalização, colocarem um país que não tem recursos naturais que paguem o resto, na linha da frente. Os círculos uninominais do PSD são a galhofa dos globalizadores que gerem a economia planetária. Onde Portugal é o mar morto das ideias. Já fomos o bom aluno da Europa. Já fomos os idealistas da democracia participativa e da distribuição marxista do dinheiro que não existia. O nosso fogo de artifício já foi comprado pela República Checa. E, um dia destes, também será adquirido em «leasing» por outros países. Quando se vê o Governo a falar sobre tudo isto temos de nos calar. Manuel Pinho é o micro-ondas do sorriso utópico nacional.
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