Prefere ser contaminado pelo conhecido «Laranja sem Chantilly», nome pelo qual é conhecido, em «off», o congresso do PSD. Perante a indiferença geral, Marques Mendes vai ser aclamado líder dos sociais-democratas. Consta que Sócrates apoia a decisão.

Os dirigentes do partido laranja estão agora mais interessados em guardar munições para o futuro do que em abater de vez o tenor de serviço. Marques Mendes não é Pavarotti, mas por enquanto serve para entreter os militantes. Afinal o problema do PSD é de comunicação com a sociedade civil. Basta ver como cada dirigente diz o que pensa sobre qualquer assunto que faça agitar a sociedade portuguesa.

O PSD neste momento não sabe se é uma peça em digressão nacional se um personagem encomendado pelo Governo. Qual é a estratégia do PSD para o futuro de Portugal? Em que é que se diferencia da do PS de Sócrates? Que iniciativas de reflexão sobre a sociedade, a economia, a educação, a cultura, a emigração ou o sector tecnológico tem efectivado? E que possam dar um abanão nesta Primavera de falta de ideias que caem como folhas sobre o solo português?

Eleger um líder é fácil. Trazer ideias novas é mais difícil.