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12 de Janeiro de 2007 às 13:59

José e António

Ferro Rodrigues escolheu Paris para o exílio forçado. Paulo Pedroso rumou à Roménia. Jorge Coelho afastou-se para dar espaço a uma nova geração.

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João Cravinho não resistiu ao estatuto de banqueiro. António José Seguro aceitou reformar o Parlamento. João Soares passou de crítico a apoiante incondicional. Manuel Maria Carrilho implodiu. Augusto Santos Silva acordou ideólogo. Manuel Alegre continua aturdido. Mário Soares está grato. Correia de Campos é ministro. Vieira da Silva é importante. E Jaime Gama já tem direito à sua bandeira.

O PS de José Sócrates e António Costa está na paz dos anjos. Dorme o sono dos justos e dos vencedores. Tornou-se uma linha contínua, imparável, sem curvas nem encruzilhadas. Helena Roseta e Ana Gomes são a excepção que confirma a regra. Sem tropas, sem palco, sem eco. O PS é José e António. Uma linha determinada, tensa, sem intermitências.

A política seguirá quando acontecer um imponderável. Que, com o tempo, vai naturalmente surgir. Para o futuro fica a recente confissão de António Costa a Maria João Avillez, relatada pela jornalista na Sábado: "Quando ambos estávamos no Governo Guterres, decidimos, o Sócrates e eu, que quando chegasse a hora da mudança geracional no PS não deveríamos permitir que ela demorasse dez anos, enredada em desentendimentos e lutas permanentes, como ocorreram com Sampaio, Gama, Constâncio e Guterres". A história faz lembrar uma outra, a do Zé Manel (Durão Barroso) e do Pedro (Santana Lopes). Com uma diferença: o José e o António são ambos profissionais. E que mais terão acordado?

É o que falta saber.

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