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05 de Julho de 2007 às 13:59

Já faltou mais

É evidente que as taxas moderadoras para internamentos e cirurgias não passam de um imposto sobre um bem que está nos antípodas do consumo; como é evidente que o ministro da Saúde já deu provas de “pouca sensibilidade social”. O relatório anual do Observa

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O caminho de Correia de Campos não tem sido avisado, apesar dos avisos que tem recebido, nomeadamente do Presidente da República. Quando Cavaco lhe lembrou que a saúde merece cuidados intensivos – por boas que sejam, as alterações no sistema exigem uma adequada explicação pública – o ministro fez-se de novas. Quando surgem sinais de perseguição política a responsáveis do sector – os afastamentos que vão sendo conhecidos exigem explicação – o ministro refugia-se no chumbo socialista a uma audição parlamentar. No fundo, o relatório que elogia a coragem reformista de Correia de Campos constata simultaneamente uma realidade com que os portugueses vão sendo confrontados – um governo em que a soberba e o autismo crescem em função do ritmo a que a crítica se afirma. Falta ouvir Jorge Coelho dizer que isto não vai acabar bem. Ainda é cedo mas já faltou mais.

P.S. A secretária de Estado da Saúde descobriu que vivemos em democracia e, portanto, podemos ter e expressar opinião. Para que se saiba disse-o aos jornalistas. Mas atenção: opiniões do contra só no recato de cada casa e na esquina do café. Imagine-se se não vivêssemos em democracia!

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